O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (19) o ranking do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios brasileiros referente ao ano de 2023. Os números mostram que a riqueza da nação permanece altamente concentrada, com apenas 25 cidades responsáveis por mais de um terço do PIB nacional.
Desempenho econômico das cidades brasileiras
Segundo o levantamento, essas 25 cidades responderam por 34,2% de toda a produção de bens e serviços do Brasil, enquanto 100 municípios reuniram 52,9% do total. Os dados levam em consideração setores como indústria, serviços e agropecuária, e fazem parte da publicação “PIB dos Municípios 2022-2023”, produzida em parceria com órgãos estaduais e entidades ativadas na região, incluindo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
O ranking mantém São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília nas primeiras posições desde 2002, embora a participação dessas capitais tenha diminuído ao longo dos anos. O estudo aponta que houve uma desaceleração na tendência de desconcentração econômica no país.
Concentração e desigualdades na distribuição de riqueza
De acordo com o IBGE, a participação dos 5.543 municípios que não são capitais caiu de 72,5% em 2022 para 71,7% em 2023, enquanto as cidades que compreendem as capitais tiveram aumento na participação — de 27,5% para 28,3%. Este foi o ano em que as capitais atingiram a menor participação dentro do PIB do país.
O diagnóstico também revela uma mudança na dinâmica econômica das cidades. Enquanto o setor de serviços impulsionou principalmente o crescimento das capitais, municípios dependentes da extração de petróleo e da indústria de transformação perderam espaço na economia nacional. Além disso, há uma forte desigualdade no PIB per capita entre as cidades brasileiras, evidenciando disparidades no desenvolvimento local.
Implicações e futuras análises
Os dados fornecem uma base para analisar o crescimento e a concentração econômica, além de orientar políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento regional. Especialistas destacam que a desconcentração tem sido um desafio ao longo dos anos, com resultados que indicam necessidade de esforços para promover desigualdades mais equilibradas.
Para entender melhor as mudanças ocorridas na economia municipal, acesse a publicação completa no site do IBGE.
