Brasil, 19 de dezembro de 2025
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Justiça mantém condenação de homem por perseguição e ameaças à ex-companheira

A Justiça do Distrito Federal manteve a condenação de um homem acusado de perseguição, chantagem e ameaças de morte à sua ex-companheira. O caso, que ganhou notoriedade devido à gravidade das ações do réu, serve como um exemplo do combate à violência contra a mulher e à proteção da integridade das vítimas.

A condenação confirmada pelo Tribunal

O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) ratificou a pena de nove meses de reclusão em regime aberto e a condenação ao pagamento de R$ 1 mil em indenização por danos morais. O réu, que se envolveu em uma relação de aproximadamente seis anos com a vítima, começou a tornar-se agressivo e ameaçador após o término do relacionamento em julho de 2022.

A perseguição se intensificou depois da separação, com o homem utilizando diversos meios para contatar sua ex-companheira, incluindo ligações em horários inapropriados, e enviando mais de 600 mensagens em um único dia através de múltiplos números de telefone, e-mail e aplicativos de pagamento.

Circunstâncias do crime

Durante o relacionamento, a situação já apresentava sinais de violência devido ao comportamento crescente do réu, que se agravava pelo uso de álcool e drogas. A vítima explicou que decidiu encerrar o relacionamento para preservar sua integridade e saúde mental, o que desencadeou a ira do ex-companheiro. As mensagens enviadas continham ofensas, ameaças e mecanismos de chantagem envolvendo um vídeo íntimo que ela não sabia que havia sido gravado.

A defesa e a decisão unânime dos desembargadores

Após a confirmação da condenação em primeira instância, a defesa do homem tentou reverter a sentença, alegando que não havia provas suficientes para sustentar a acusação e que não se comprovou a perseguição. Entretanto, os desembargadores destacaram que as evidências coletadas pelo Ministério Público foram contundentes e corroboradas por outros elementos do processo, destacando a importância da palavra da vítima, especialmente em casos de violência doméstica. “Nos crimes praticados no contexto de violência doméstica, a palavra da vítima possui especial valor probatório”, afirmaram.

Essa decisão, unânime entre os magistrados, reflete não apenas uma ação punitiva, mas um importante marco na luta contra a violência de gênero e a proteção dos direitos das mulheres no Brasil.

Implicações para a sociedade e a necessidade de conscientização

O caso ressalta a urgência de uma abordagem mais rigorosa contra a violência doméstica, que permanece uma questão crítica no Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as denúncias de violência contra mulheres têm aumentado significativamente, o que evidencia a necessidade de medidas preventivas e de apoio às vítimas. Campanhas de conscientização e suporte psicológico têm um papel vital na proteção das mulheres e na educação da sociedade sobre a gravidade desses crimes.

Além disso, é fundamental que as vítimas se sintam encorajadas a denunciar agressões e perseguições, como ocorreu neste caso, onde a coragem da vítima em buscar ajuda foi crucial para a efetivação da justiça. As leis existentes no Brasil têm se mostrado eficazes em punir esses crimes, mas a implementação e o apoio contínuo são essenciais para efetivar mudanças reais e duradouras.

Conclusão

O caso do homem condenado por perseguição e chantagem evidencia não apenas a necessidade de um sistema judiciário mais atento e eficaz, mas também a importância da educação e conscientização em torno da violência doméstica. Enquanto a Justiça desempenha seu papel, a sociedade deve se unir para garantir que casos como este não se repitam, promovendo respeito e proteção às vítimas de agressões. O enfrentamento à cultura de violência e stalking começa com a responsabilidade coletiva e a transformação de valores em nossa convivência.

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