O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu publicamente que deve deixar o cargo até fevereiro de 2025. A confirmação veio após o retorno de suas férias, quando pretende dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir o momento exato da saída.
Previsão de saída e responsabilidades
Segundo Haddad, a decisão de deixar o cargo deve acontecer antes do prazo de desincompatibilização, que ocorre em abril. “Eu acredito que é antes do prazo de desincompatibilização (abril). Seria bom que alguém pudesse tomar as rédeas aqui, porque você tem o decreto de execução orçamentária, tem a preparação da LDO, uma série de providências a serem tomadas”, afirmou a jornalistas.
Quem deve sucedê-lo?
O ministro declarou que não quer criar constrangimentos ao presidente Lula ao revelar seu possível substituto. Questionado sobre seus apoiadores, como o secretário executivo Dario Durigan, Haddad preferiu deixar a decisão nas mãos do chefe do Executivo, afirmando que não costuma despachar sozinho e valoriza o trabalho em equipe.
Planejamento para 2026 e diálogo com Lula
Em entrevista ao GLOBO, Haddad revelou que conversou com Lula sobre seus planos para o próximo ano. Ele afirmou que não pretende ser candidato em 2026, mas deseja colaborar com a campanha de reeleição do presidente. Lula, segundo Haddad, teve uma reação “muito amigável” e disse que respeitaria qualquer decisão do chefe da equipe econômica.
Perspectivas políticas e disputa em São Paulo
Apesar do desejo de Haddad de não concorrer a cargo eletivo em 2026, o PT insiste para que ele dispute uma vaga majoritária em São Paulo — seja para o Senado ou para o governo estadual. A legenda também cogita o nome de Geraldo Alckmin, ex-governador do estado por quatro mandatos, que possui forte relação com prefeitos do interior, além de ser considerado uma alternativa estratégica.
Próximos passos e cenários políticos
A definição do futuro do ministro deve ocorrer após o encontro com Lula, previsto para o início de janeiro, momento em que Haddad pretende esclarecer suas intenções. A expectativa é que, até lá, o cenário político no estado de São Paulo se desenhe em torno das possíveis candidaturas de Haddad, Alckmin ou outros nomes apoiados pelo PT e aliados.


