Brasil, 25 de dezembro de 2025
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Falta de anestesista gera caos na maternidade do Buenos Aires em Teresina

Na manhã desta quinta-feira (18), a maternidade do Buenos Aires, em Teresina, se tornou cenário de uma situação alarmante envolvendo gestantes em trabalho de parto. A cunhada de uma das gestantes, Karina Oliveira, relatou que, assim que chegou ao local, recebeu a informação de que não havia anestesistas disponíveis, impossibilitando a realização do parto. “Médico disse que, mesmo que surgisse uma vaga, não teria como ela dar à luz, porque não tem anestesista”, disse Karina.

Os desafios das maternidades em Teresina

A situação relata um problema recorrente nas maternidades de Teresina, onde a demanda por serviços de saúde tem aumentado significativamente nos últimos anos. A falta de anestesistas é apenas uma das várias questões que têm afetado o atendimento na área. Muitas gestantes se veem em uma situação desesperadora, tendo que esperar por horas ou até mesmo serem encaminhadas para outras unidades de saúde.

Ministério da Saúde e a gestão municipal têm enfrentado críticas em relação ao gerenciamento do sistema público de saúde, especialmente em momentos de pico. Durante períodos de alta demanda, como os meses de inverno, onde o número de internações tende a aumentar, a falta de profissionais qualificados se torna ainda mais evidente.

Impacto na saúde das gestantes e recém-nascidos

As consequências da falta de anestesistas e de atendimento adequado não são apenas uma questão de descontentamento; elas podem impactar diretamente a saúde das gestantes e dos recém-nascidos. A ausência de analgesia durante o parto pode levar a um aumento do estresse e da dor, que estão associados a complicações durante a entrega, além de repercussões no pós-parto.

De acordo com especialistas, a falta de anestesistas pode aumentar o risco de intervenções cirúrgicas não planejadas, como cesarianas de emergência, que têm riscos associados tanto para a mãe quanto para o bebê. Por isso, garantir que as maternidades tenham profissionais suficientes é crucial não apenas para a satisfação das pacientes, mas também para a segurança e saúde dos partos realizados.

A resposta da administração pública

O Poder Público, por sua vez, se viu pressionado a se manifestar sobre a situação. Em coletiva de imprensa, representantes da Secretaria de Saúde do município reconheceram a problemática e alegaram que estão trabalhando para aumentar o número de anestesistas na rede pública. “Estamos cientes das dificuldades enfrentadas pelas gestantes e estamos empenhados em buscar soluções,” afirmaram os gestores.

Entretanto, a população ainda aguarda ações concretas e rápidas, visto que as gestantes não podem esperar por longos períodos de incertezas. A contratação de mais profissionais e a melhoria na infraestrutura das maternidades são demandas que precisam ser atendidas com urgência.

Depoimentos de gestantes e familiares

As experiências relatadas por famílias que enfrentaram essa dificuldade revelam um cenário alarmante. Muitas gestantes compartilham histórias de desespero e insegurança, mostrada pela fala de uma recente mãe que teve que ser transferida para outra maternidade em meio ao trabalho de parto. “Eu entrei em pânico. Não sabia se conseguiria chegar a tempo. Foi um momento de horror,” conta uma gestante que não quis se identificar.

As reuniões de mães e grupos de apoio na internet têm se multiplicado, com relatos que circulam frequentemente nas redes sociais. Nesses grupos, as mulheres trocam informações sobre as melhores práticas, experiências, e buscam ficar informadas sobre as maternidades que estão oferecendo melhor atendimento no momento.

O que pode ser feito?

A busca por soluções para a falta de anestesistas nas maternidades vai além da contratação de profissionais. Outros fatores, como a valorização dos trabalhadores da saúde, melhores condições de trabalho e a criação de programas de incentivo, são essenciais para garantir que as maternidades tenham os recursos adequados para atender as gestantes.

Além disso, é fundamental implementar políticas públicas que considerem as necessidades das gestantes e suas famílias, garantindo que todas tenham acesso a um atendimento digno e seguro. O apoio da comunidade e a participação ativa na fiscalização das ações do governo também são elementos chave para promover mudanças efetivas.

O caso da maternidade do Buenos Aires em Teresina é um chamado à ação. As vidas de muitas mulheres e bebês estão sob risco devido à falta de cuidados adequados durante um momento que deveria ser de celebração e alegria. A sociedade cobra por uma resposta eficaz e pela garantia de que a saúde será uma prioridade.

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