Brasil, 18 de dezembro de 2025
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CVM abre processo contra fundo Fonte de Saúde e gestora do Banco Master

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um novo processo sancionador contra o fundo Fonte de Saúde, do empresário Nelson Tanure, e a gestora MAM Asset, vinculada ao Banco Master. A investigação apura supostas irregularidades na realização de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Alliança, que movimentou o mercado financeiro entre 2022 e 2023.

Investigação relacionada à OPA da Alliança

A análise da CVM aponta que a OPA, realizada em agosto de 2023, ocorreu aproximadamente um ano e quatro meses após Tanure assumir o controle da empresa, que anteriormente era conhecida como Alliar. O processo, sob suspeita, violaria o prazo máximo de 30 dias estipulado pela legislação vigente na época, incluindo a Lei das Sociedades Anônimas e a Resolução CVM nº 85, que regulam operações dessa natureza.

Prazo e valor da aquisição

O empresário investiu cerca de R$ 891 milhões para adquirir 93,3% das ações da Alliança, valor que, ao fim, resultou em uma avaliação de mercado de apenas R$ 622 milhões. A operação foi considerada custosa e irregular pelos reguladores, uma vez que a OPA só foi efetivada em agosto de 2023, após excesso de prazo e após a saída de Tanure do controle da companhia.

Reação do empresário e contexto atual

Por meio de nota, Nelson Tanure afirmou que “o fundo Fonte de Saúde esclarece que desconhece qualquer processo sancionador sobre esse tema e ressalta que a OPA seguiu o curso natural previsto na legislação, foi aprovada pelos órgãos de controle e resultou na aquisição do controle da companhia”.

O cenário de crise se agravou: o Banco Central liquidou o Banco Master, do qual a MAM Asset faz parte, no mês passado. Tanure busca agora se desfazer dos ativos remanescentes, incluindo a Ligga Telecom, enquanto também negocia dívidas superiores a R$ 1 bilhão com credores como Farallon, Prisma e BTG.

Perspectivas futuras

O processo aberto pela CVM ocorre em um momento delicado para Tanure, que tenta equilibrar seus ativos após a perda do controle de a Emae e o desinvestimento em empresas como a Ligga Telecom. O resultado da investigação ainda não tem prazo definido, mas reforça o escrutínio sobre suas operações e negócios recentes.

*Para mais detalhes sobre o processo, acesse Fonte.

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