O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (9) a ampliação do seu controverso bloqueio de viagens, que agora inclui cidadãos de mais 20 países e da Autoridade Palestina. A medida, que já afeta 19 nações desde junho, ainda não tem uma data definida para entrar em vigor.
Expansão das restrições de viagem por Trump
O presidente Donald Trump determinou o aumento do número de países sujeitos às restrições, justificando a ação por questões de segurança nacional. “Estamos reforçando nossa segurança ao limitar a entrada de indivíduos que representam riscos à ordem pública”, afirmou a administração.
Com a nova medida, cidadãos de Burkina Faso, Mali, Níger, Sudão do Sul e Síria estão completamente proibidos de entrar nos EUA. Além disso, os passaportes emitidos pela Autoridade Palestina também terão restrições de entrada.
Contexto e justificativas
A decisão veio após Trump alertar que iria endurecer ainda mais sua política de imigração, especialmente após um ataque na véspera de Ação de Graças, quando um cidadão afegão foi preso suspeito de ferir duas pessoas na Guarda Nacional. O suspeito foi indiciado por assassinato e agressão.
A administração americana anunciou um conjunto de medidas com forte teor restrictivo, incluindo a ameaça de “pausar permanentemente a migração de todos os países do Terceiro Mundo” e de “remover indivíduos que não agregam valor aos Estados Unidos”. Tais ações também preveem a suspensão de benefícios federais a não-cidadãos e a deportações de estrangeiros considerados uma ameaça à segurança ou à harmonia social.
Reações e críticas
Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes criticaram duramente as novas restrições, alegando que elas usam a segurança nacional como justificativa para uma deportação massiva e injusta. Segundo a associação NAFSA, as medidas podem enfraquecer a sociedade americana.
“Proibições de viagens generalizadas com base na nacionalidade ou categoria de visto não tornam os EUA mais seguros, pelo contrário”, declarou a entidade em nota. A administração também anunciou que revisará a situação de residentes permanentes no país, incluindo portadores de green card, provenientes das nações afetadas.
Impactos e próximos passos
Ainda não há uma data oficial para a implementação definitiva das novas restrições, que, se confirmadas, terão um impacto significativo na mobilidade internacional e nas relações diplomáticas. Analistas afirmam que essa política pode gerar tensões com países afetados e prejudicar a imagem dos EUA no cenário mundial.


