Brasil, 17 de dezembro de 2025
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A Nigéria recorre à FIFA por supostas irregularidades da RDC

A luta da Nigéria para garantir uma vaga na Copa do Mundo de 2026 está longe de ser tranquila. A Federação Nigeriana de Futebol (NFF) decidiu apresentar uma queixa formal à FIFA, contestando a participação da República Democrática do Congo (RDC) nas eliminatórias para a competição. O embate que ocorreu em 16 de novembro passado, quando a RDC derrotou a Nigéria nos pênaltis, levantou questões sobre a legalidade da presença de certos jogadores no elenco adversário.

Irregularidades nos critérios de nacionalidade

A contestação da NFF foca na utilização de até nove jogadores considerados irregulares pela entidade africana durante os playoffs. Segundo a NFF, muitos atletas que representaram a RDC mudaram recentemente de nacionalidade esportiva, mas não cumpriram as exigências legais para isso. A legislação congolesa não permite a dupla nacionalidade, e os nigerianos afirmam que estes jogadores, muitos deles nascidos na Europa, mantiveram passaportes europeus sem renunciar formalmente à nacionalidade anterior.

Declarações da NFF

O secretário-geral da NFF, Mohammed Sanusi, confirmou que as regras congolesas proíbem a dupla nacionalidade e que, portanto, a presença de jogadores com passaportes europeus no time da RDC configura uma violação das normas. Ele afirmou em entrevista: “Para nós, isso configura violação do regulamento. Já apresentamos nossa reclamação à FIFA.”

Sanusi também destacou que alguns atletas conseguiram a liberação para atuar pela seleção congolesa em prazos considerados excessivamente curtos, argumentando que, em algumas situações, a autorização foi concedida em apenas três meses, o que ele considera uma irregularidade.

Perspectivas e regras da FIFA

Contudo, do ponto de vista da FIFA, a questão do cumprimento das regras é tratada de maneira distinta. A entidade máxima do futebol mundial exige apenas que os jogadores tenham um passaporte válido do país que representam. Nesse contexto, a RDC apresentou a documentação necessária e, assim, os jogadores foram autorizados a atuar, permitindo que o time continue concorrendo a uma das últimas vagas para o mundial.

A Nigéria, por sua vez, argumenta que a FIFA foi induzida ao erro ao não considerar a legislação interna do Congo. “Não cabe à FIFA verificar o cumprimento da legislação interna do Congo, e foi exatamente aí que ocorreu o problema”, disse Sanusi.

Expectativas de uma resolução

Ainda não há um pronunciamento oficial da FIFA sobre o caso, mas dirigentes da NFF informaram que a situação está sob investigação e que uma decisão é esperada antes dos playoffs intercontinentais, agendados para março. A RDC está a um passo de garantir uma vaga na Copa do Mundo, pois enfrentará o vencedor do embate entre Nova Caledônia e Jamaica.

Com a iminência do julgamento, a tensão entre as federações cresce e a situação promete ser um capítulo movimentado na corrida para o Mundial de 2026, que será realizado em três países: Estados Unidos, Canadá e México.

Enquanto isso, a Nigéria continua a lutar para garantir que seus direitos na competição sejam respeitados, e a resposta da FIFA será crucial para determinar não apenas o futuro do futebol nigeriano na Copa do Mundo, mas também o respeito às normas que regem a competição em âmbito internacional.

Para mais detalhes sobre este caso e como ele poderá impactar o futuro do futebol na África, siga as atualizações em nossos canais.

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