No início desta semana, um vídeo viral que mostra agentes da Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) arrastando violentamente uma mulher grávida em Minneapolis se tornou um foco de controvérsia, refletindo a crescente tensão entre autoridades federais e comunidades locais, em meio às diretrizes de deportação agressivas da administração Trump. O evento, ocorrido durante a ‘Operação Metro Surge’, provocou uma reação imediata da população, que se manifestou atirando bolas de neve contra os agentes enquanto a mulher era imobilizada no chão coberto de neve.
A filmagem que choca a nação
As imagens, capturadas por vizinhos e transeuntes de vários ângulos, oferecem um vislumbre angustiante da ação de fiscalização federal. O registro mostra os agentes do ICE dominando a mulher grávida, prensando seu rosto contra o asfalto gelado. Observadores horrorizados gritavam: “Ela está grávida! Ela não consegue respirar!” Ignorando os apelos, os agentes continuaram sua abordagem, dispersando a multidão com gestos bruscos.
Após ser algemada, a mulher foi arrastada pelo braço ao longo do pavimento escorregadio, o que provocou ainda mais indignação entre os residentes, que responderam atirando bolas de neve e assobiando para chamar a atenção de outros vizinhos.
Indignação nacional diante da mandata de deportação
A cena de uma pessoa vulnerável sendo tratada de maneira tão violenta rapidamente gerou um clamor tanto local quanto nacional, questionando as táticas de ‘força total’ adotadas pelos agentes do ICE em comunidades residenciais. Testemunhas relataram que a situação, que começou tensa, rapidamente se tornou violenta à medida que o ICE tentava realizar uma série de prisões no local. Um relato da CBS News revelou que, durante o tumulto, pelo menos quatro individuals que cercavam os agentes acabaram sendo levados sob custódia federal.
Defensores locais denotaram que as táticas de ‘saturação’ do ICE visam intimidar as comunidades, enquanto autoridades federais insistem que tais ações são necessárias em resposta a tentativas de interferência nas operações policiais. No entanto, críticos argumentam que esses métodos cruzaram uma linha ética, descrevendo-os como uma abordagem ‘desumana’.
DHS defende a ‘Operação Metro Surge’
Em meio a crescentes protestos, o Departamento de Segurança Interna (DHS) anunciou, em 12 de dezembro de 2025, que, sob o comando da ‘Operação Metro Surge’ em Minnesota, o ICE prendeu mais de 400 indivíduos que residiam ilegalmente no país. As autoridades enfatizaram que dentre os presos, estão pedófilos, estupradores e criminosos violentos.
Tricia McLaughlin, assistente do secretário, declarou em uma nota que as operações visam especificamente os ‘piores dos piores’ que migraram para Minnesota para explorar as políticas de santuário do estado. “Os oficiais do ICE prenderam mais de 400 estrangeiros ilegais, incluindo pedófilos e estupradores, desde o início da Operação Metro Surge”, disse ela. “Tim Walz e Jacob Frey não conseguiram proteger o povo de Minnesota, deixando estes monstros e predadores infantis soltos.” A funcionária acrescentou que, graças aos esforços da força policial, Minnesota está mais segura com esses criminosos fora das ruas.
No entanto, críticos da operação argumentam que a forma como os agentes conduzem suas operações é não só controversa, mas também inaceitável em uma sociedade que deve proteger os direitos e dignidade de todos, incluindo os mais vulneráveis.
O que ocorreu em Minneapolis é um lembrete gritante das tensões em torno da imigração e das práticas de deportação nos EUA, deixando muitos questionando o que realmente está em jogo quando se trata das políticas e procedimentos empregados pelas agências federais. O futuro das comunidades locais e a segurança das famílias permanecerão no centro do debate à medida que as consequências dessas operações se desdobram.

