Brasil, 17 de dezembro de 2025
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Brenna Araújo sobrevive a ataque brutal do ex-companheiro em Pacajus

O que deveria ser uma visita tranquila às suas três filhas se transformou em um incidente de violência brutal que quase custou a vida de Brenna Araújo de Brito, 36 anos, em Pacajus, Região Metropolitana de Fortaleza. O ataque foi realizado por seu ex-companheiro, André Gomes Soares, de 33 anos, que não aceitou o fim do relacionamento e agrediu a mulher com um martelo. Sua história chocante destaca a grave questão da violência doméstica em nossa sociedade.

O ataque e suas consequências

No dia 22 de novembro, Brenna foi atacada com golpes de martelo pelo ex-parceiro, resultando em ferimentos graves no rosto e na cabeça. Ela passou 13 dias intubada em coma induzido, após os médicos acreditarem que ela não iria mais reagir. “Foi Deus quem me reagiu, porque se não fosse Ele, eu não estaria mais aqui”, afirmou Brenna em entrevista ao g1.

As feridas deixadas pela agressão foram devastadoras: Brenna fraturou o maxilar, a testa e o nariz, além de ter os dentes quebrados e recebeu mais de 60 pontos na cabeça e no rosto. Após 24 dias internada no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, ela ainda aguarda alta e se prepara para novas cirurgias, incluindo uma para reparar o nariz.

A dinâmica da agressão

O casal havia estado junto por cinco anos, mas estava separado há aproximadamente um ano. Apesar do término, o contato entre eles se mantinha devido às filhas que moravam com o pai. Brenna relembra os momentos aterradores do ataque, que ocorreu na frente de suas crianças e da enteada, de 10 anos. “Ele me chamou para levar as meninas para o pula-pula. Quando eu disse que não iria dormir lá, ele ficou agressivo. Trancou o portão, se armou com um martelo e me atacou”, relatou Brenna.

Desesperada e tentando proteger a filha pequena, ela colocou sua cabeça entre o martelo e a criança. “Senti o sangue descendo após o primeiro golpe”, disse a mulher. Ao tentar escapar, Brenna correu para o banheiro, mas o agressor a seguiu e a atacou novamente. “Pedi a Deus para não me apagar, porque minha filha precisava de mim”, recordou.

O papel das crianças e o suporte familiar

Durante a agressão, as crianças estavam presentes e ficaram em estado de choque. A enteada de Brenna, em uma tentativa de defender a mulher, pediu ao pai que não a matasse, mas foi empurrada. A situação foi tão grave que, após desmaiar, a mulher acordou sendo atendida no Hospital Municipal de Pacajus, levada por um cunhado do agressor. “Ele me arrastou pelos cabelos e quebrou meu nariz na privada”, lamentou Brenna.

Enquanto Brenna permanece internada, suas três filhas estão sob cuidados de familiares, e muitas questões ainda permanecem na mente da sobrevivente. “Espero conseguir ajuda para recuperar meus dentes, pois choro cada vez que me olho no espelho”, disse Brenna, expressando a dor emocional que esse ataque lhe causou, não apenas fisicamente, mas também em sua autoimagem.

A luta contra a violência doméstica e a busca por justiça

O agressor, que fugiu do local após o ataque, foi preso três dias depois e autuado por tentativa de feminicídio. A situação de Brenna ressalta a necessidade urgente de discutir a violência contra a mulher, que continua a ser um problema alarmante no Brasil. É fundamental que as vítimas busquem apoio e que a sociedade se una para combater essa realidade.

Brenna Araújo é um exemplo de resistência diante de um sistema muitas vezes cruel e indiferente. Sua história não é apenas um relato de sobrevivência, mas também um chamado à ação para todos nós, para que abramos os olhos para a violência doméstica e façamos a diferença. A luta por justiça e reabilitação continua, e a esperança de um futuro melhor está na voz corajosa de mulheres como Brenna.

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