Brasil, 17 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Mãe é condenada a 44 anos de prisão por matar a própria filha

No último dia 16 de dezembro, o Tribunal do Júri condenou Kauana Nascimento, 31 anos, por assassinato de sua filha, Anna Pilar Cabrera, de apenas 7 anos. O juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da 1ª Vara Criminal de Novo Hamburgo (RS), impôs a Kauana uma pena de 44 anos, 5 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, ressaltando a gravidade do crime cometido.

Motivação do crime e contexto familiar

Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a motivação por trás do ato brutal de Kauana foi um desejo de vingança contra o ex-companheiro, pai da criança, que iniciava um novo relacionamento. O crime ocorreu em uma data significativa – no dia do aniversário do pai da menina – o que torna a situação ainda mais impactante do ponto de vista emocional e psicológico.

O assassinato foi realizado no apartamento onde Kauana e Anna moravam, e hein uma noite enquanto a criança dormia. Detalhes horripilantes surgiram, como o fato de que, após cometer o crime, Kauana tentou ocultar a tragédia jogando o corpo da filha pela escada. Em seu depoimento à polícia, a mãe afirmou que a menina havia morrido em decorrência da queda, uma declaração que foi desmentida por laudos periciais que atestaram que a causa da morte foi um choque hemorrágico resultante das facadas.

Detalhes do julgamento

Kauana Nascimento foi presa dois dias após a tragédia e, durante o julgamento, seus argumentos foram amplamente discutidos. O Conselho de Sentença, composto por sete mulheres, reconheceu a responsabilidade penal da ré, que não conseguiu sustentar sua alegação de que estava em um surto psicótico no momento do crime. Ela detalhou ter enfrentado problemas emocionais e afirmou não se lembrar do ato de esfaquear a própria filha, mas isso não foi suficiente para abrandar a severidade de seu crime.

Depoimento do pai da vítima

Durante o julgamento, o pai da criança também foi ouvido. Em seu depoimento, o homem, que preferiu manter sua identidade em sigilo, lembrou com emoção o laço afetivo que tinha com Anna e compartilhou sua experiência após o término de seu relacionamento com Kauana em 2021. O depoimento foi um momento crucial, revelando a dimensão da perda e o impacto que o crime teve sobre todos os envolvidos.

Pena e repercussão do caso

A extensa pena de 44 anos, 5 meses e 10 dias foi determinada não apenas pela brutalidade do crime, mas também pela condição de vulnerabilidade da vítima, sendo um menor de 14 anos e filha da ré. A defesa de Kauana já anunciou que irá recorrer da decisão, indicando que os desdobramentos legais do caso ainda estão longe de terminar.

Este caso chocante reacende debates sobre a violência familiar e as complexidades emocionais que podem levar a tais tragédias. O Brasil possui uma elevada taxa de mulheres vítimas de violência, e esse crime, especialmente cruel, lança luz sobre a necessidade de abordagens mais eficazes para prevenir e combater a violência no ambiente familiar.

Enquanto isso, a sociedade se vê diante de uma questão angustiante: como é possível que uma mãe, que deveria ser um protetora de seu filho, cometa um ato tão horrendo? O desafio agora é compreender as profundezas do sofrimento emocional e mental que levaram a esse crime, ao mesmo tempo em que se busca justiça para Anna e respostas que possam evitar tais tragédias no futuro.

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes