Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Governo avalia empréstimo de até R$ 12 bilhões para salvar os Correios

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (16/12) que a proposta de empréstimo para socorrer os Correios já chegou ao Ministério da Fazenda e está sendo avaliada pelo Tesouro Nacional.

Detalhes da proposta de empréstimo

Segundo Haddad, o valor do financiamento pode chegar a aproximadamente R$ 12 bilhões. “Fizemos uma negociação com um pool de bancos que estão dispostos a entrar no financiamento, dentro das regras pré-estabelecidas, sem romper o teto”, explicou na saída do ministério, em Brasília.

O ministro destacou que, neste momento, o aporte direto de recursos por parte da União está descartado. Contudo, o empréstimo só será autorizado se os juros não ultrapassarem o limite máximo de 120% do CDI, fixado pelo Tesouro Nacional.

Contexto da crise dos Correios

A crise atual da estatal decorre de uma combinação de fatores, incluindo queda de receitas em segmentos tradicionais, aumento de custos operacionais e perdas logísticas.

Apesar do crescimento do e-commerce ter colaborado parcialmente para a demanda por serviços de entrega, os recursos não foram suficientes para superar gargalos estruturais, investimentos atrasados e a expansão da concorrência privada, que comprometeram a sustentabilidade dos Correios.

Medidas de reestruturação

Nos últimos meses, a empresa busca um plano de reestruturação sólido para se recuperar. Ainda no começo de dezembro, o Tesouro Nacional rejeitou um empréstimo com taxa de 136% do CDI, considerado excessivamente alto.

Com isso, os Correios passaram a procurar outras alternativas para obter os recursos necessários para equilibrar suas finanças e continuar operando de forma eficiente.

Declarações do ministro e perspectivas

Fernando Haddad já afirmou que as novas empresas de logística têm uma fatia do mercado e deixaram a estatal com apenas os serviços considerados essenciais, referindo-se a uma espécie de “ossos” do setor.

A avaliação do governo é que o empréstimo, sujeito a convenções e limites de juros, pode ser uma saída temporária para evitar o colapso da empresa e garantir a continuidade dos serviços postais no país.

A expectativa é que o estudo do financiamento seja concluído nos próximos meses, permitindo uma decisão sobre o apoio financeiro necessário para a recuperação dos Correios.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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