Brasil, 17 de dezembro de 2025
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Bolsa cai 2,42% e dólar sobe com incerteza sobre juros no Brasil e no exterior

A bolsa de valores brasileira teve forte queda nesta terça-feira (16), refletindo um dia de instabilidade no mercado financeiro global e interno. O índice Ibovespa, da B3, encerrou aos 158.557 pontos, uma perda de 2,42%, retornando ao menor nível desde o dia 9, após superar os 162 mil pontos na véspera.

Câmbio em alta e nervosismo no mercado

O mercado de câmbio também viveu uma sessão turbulenta, com o dólar comercial fechando a R$ 5,462, um aumento de R$ 0,039 (+0,73%). A cotação chegou a abrir em queda, mas virou para alta ao longo do dia, atingindo sua máxima de R$ 5,47 por volta das 12h30. A moeda estadunidense atinge seu maior valor desde o dia 10 de dezembro.

O dólar acumula uma alta de 2,38% em dezembro, mas registra uma redução de 11,62% no acumulado de 2025. Os movimentos foram influenciados por fatores internos e externos, gerando maior volatilidade no mercado.

Fatores internos e externos de pressão

No Brasil, a incerteza sobre a trajetória da política de juros do Banco Central (BC) levou investidores a adotarem postura de cautela. A divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) não trouxe sinais claros sobre a potencial redução da taxa básica de juros (Selic), reforçando a dúvida sobre o rumo da política monetária.

Segundo especialistas, a indefinição favorece a manutenção dos juros altos, o que pode estimular a migração dos investidores do mercado de ações para a renda fixa, causando queda no Ibovespa.

Impacto de fatores internacionais

Nos Estados Unidos, notícias de que o país criou 64 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado surpreenderam negativamente os mercados. O número, acima do esperado, reduz as possibilidades de o Federal Reserve (Fed) cortar os juros em janeiro, fortalecendo as taxas de juros nas economias avançadas e estimulando a saída de capitais de países emergentes como o Brasil.

A fuga de capitais em momentos de juros elevados no exterior aumenta a pressão sobre o real e fortalece a alta do dólar, agravando a volatilidade do mercado brasileiro.

* com informações da Agência Brasil

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