Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Preferência dos eleitores independentes favorece governadores em 2026

A recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira, oferece uma visão intrigante sobre o cenário eleitoral de 2026 e a influência dos eleitores independentes, considerados fundamentais para o resultado das eleições. O levantamento indica que esses eleitores têm demonstrado uma clara preferência por governadores de direita, ao contrário do senador Flávio Bolsonaro, pré-candidato à presidência. Essa tendência pode indicar um novo rumo nas próximas eleições, onde a escolha dos governadores pode ser decisiva para o futuro político do Brasil.

A amostra e os resultados

Na pesquisa, 32% dos entrevistados se identificaram como eleitores independentes, ou seja, aqueles que não têm afinidade nem com a esquerda nem com a direita. Esses eleitores conseguiram, em 2022, dar a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o contexto atual sugere uma possível mudança de comportamento. Em um hipotético segundo turno entre Lula e Flávio Bolsonaro, 37% afirmam que votariam em Lula, enquanto apenas 23% se inclinariam a votar em Flávio. No entanto, um preocupante 34% dos eleitores independentes indicam que poderiam se abster de votar, optando por não comparecer às urnas ou escolher votar em branco ou nulo.

Governadores no centro das atenções

O cenário se complica para Flávio Bolsonaro ao considerarmos outras opções. Ao analisar a preferência dos eleitores independentes por governadores, notamos que Tarcísio de Freitas (Republicanos), que governa São Paulo e é tido como um forte candidato do Centrão, registra 29% de intenções de voto, enquanto Lula aparece com 34%. A margem de diferença diminui ainda mais para Ratinho Júnior (PSD), que conta com 31% contra os 34% do atual presidente. Em uma situação ainda mais equilibrada, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, atinge um empate numérico com Lula, ambos registrados com 29% nas intenções de voto.

O destaque vai para Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, que se apresenta como a única figura entre os candidatos a superar Lula nas intenções de voto, com 32% contra 21% do petista. Essa dinâmica sugere que, no cenário atual, os eleitores independentes estão mais propensos a considerar alternativas a Flávio Bolsonaro e, por consequência, a Lula, favorecendo governadores que já têm um histórico de liderança estadual e, nesse sentido, conectam-se com o eleitorado mais amplo.

Percepções sobre a candidatura de Flávio Bolsonaro

Outro dado interessante que emerge da pesquisa é a visão crítica de 56% dos eleitores independentes em relação à escolha de Flávio Bolsonaro como sucessor de seu pai nas eleições presidenciais. Esse índice supera a média geral, onde 54% dos entrevistados também avaliam negativamente essa escolha. Para os que se identificam com o lulismo, a desaprovação é ainda mais significativa, alcançando 78%, enquanto entre os que não são lulistas, mas se identificam com a esquerda, a taxa atinge 71%.

Além disso, 70% dos eleitores independentes afirmam categoricamente que “não votariam de jeito nenhum” no senador Fernando, com apenas 20% considerando a possibilidade e 6% acreditando que votarão nele em 2026. Esse panorama revela um descontentamento considerável entre os eleitores independentes com relação à figura de Flávio Bolsonaro, aumentando a pressão sobre sua candidatura.

Apoio e críticas entre os aliados

A pesquisa também trouxe à tona a percepção dos eleitores sobre os apoios que Tarcísio, Caiado e Zema têm demonstrado a Flávio Bolsonaro. Questionados se Tarcísio errou ao declarar apoio a Flávio, 45% disseram que sim, enquanto 31% se opuseram a essa afirmação e 24% não se pronunciaram. No caso de Caiado e Zema, 49% dos eleitores acham que eles estão certos em manter suas candidaturas, enquanto 26% acreditam que erraram, deixando 25% sem resposta.

Esses dados da pesquisa Genial/Quaest apontam para um cenário eleitoral cada vez mais dinâmico e desafiador, onde os eleitores independentes podem se tornar protagonistas nas próximas eleições. A relação entre os governadores e os eleitores independentemente do partido pode ser um divisor de águas e determinar não apenas os rumos das eleições, mas também a adoção de novas estratégias por parte dos candidatos.”

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