Goiânia – Neste final de semana, o governo federal dará início ao maior mutirão de cirurgias da história do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com a colaboração de 188 hospitais em todo o Brasil. Em Goiás, mais de 4,2 mil procedimentos serão realizados, que incluem cirurgias, exames diagnósticos e atendimentos especializados, com o intuito de reduzir as longas filas de espera da rede pública.
Mais de 11 mil cirurgias em todo o Brasil
A iniciativa, que faz parte do programa “Agora Tem Especialistas”, reunirá Santas Casas e outras entidades filantrópicas em um esforço conjunto nos dias 13 e 14 de dezembro. Pela primeira vez, hospitais universitários da Rede Ebserh, além de instituições federais vinculadas ao Ministério da Saúde, estarão envolvidos nesta ação. Ao todo, o mutirão deve realizar cerca de 11,5 mil cirurgias, que fazem parte de um total de 61,6 mil procedimentos ofertados no país.
Entre os tipos de cirurgias oferecidas estão: bariátrica por videolaparoscopia, colecistostomia, plástica abdominal, hernioplastias e vasectomia. Em Goiás, espera-se que o mutirão alivie significativamente a demanda por cirurgias e exames, que atualmente se arrastam por meses. Todos os procedimentos já foram agendados para pacientes do SUS, o que garante organização e maior eficiência no atendimento.
Desafogando as demandas existentes
O propósito principal da ação é “desafogar” a demanda reprimida por cirurgias, reduzindo o tempo de espera, especialmente em áreas como gastroenterologia, urologia, ortopedia e cardiologia. Além das cirurgias, também serão oferecidas consultas especializadas e diversos exames, como ultrassonografias, tomografias, endoscopias e ressonâncias magnéticas.
“Neste sábado e domingo, vamos realizar o maior mutirão da história do Sistema Único de Saúde. É a primeira vez que, além dos hospitais universitários, as Santas Casas, hospitais filantrópicos e instituições privadas que atendem pelo programa ‘Agora Tem Especialistas’ participam de um esforço nacional conjunto. Esse é o SUS mostrando sua força e sua capacidade de mobilização,” declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Entidades envolvidas e impactos
Somente as 100 Santas Casas de Misericórdia e outros hospitais filantrópicos realizarão cerca de 9 mil cirurgias, envolvendo unidades em diversos estados, como Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Adicionalmente, 45 hospitais universitários federais, vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estarão participando do evento, que também é chamado de “Dia E – Ebserh em Ação”. Em colaboração com três institutos nacionais e seis hospitais federais, essa rede oferecerá 2,2 mil cirurgias, 9,2 mil consultas e 40,7 mil exames em todos os estados brasileiros.
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, ressaltou que este mutirão vai além do atendimento imediato à população, desempenhando um papel estratégico na formação de profissionais de saúde. “A Ebserh está comprometida em enfrentar um dos maiores desafios do SUS, que é o acesso à atenção especializada. O Dia E é uma oportunidade para que nossas universidades se engajem na missão de promover a saúde e, ao mesmo tempo, formar nossos alunos e residentes”, afirmou Chioro.
O mutirão do SUS representa, portanto, não apenas uma resposta a uma necessidade urgente da população, mas também uma importante estratégia de formação e capacitação para os novos profissionais de saúde que estão sendo moldados nas universidades brasileiras. À medida que cerca de 61,6 mil procedimentos serão realizados, o impacto para os pacientes e suas famílias é promissor, prometendo uma melhora significativa na celeridade e qualidade do atendimento na rede pública.
O evento deste final de semana é um marco importante na história do SUS, demonstrando sua capacidade de mobilização e compromisso com o atendimento à saúde da população brasileira.


