Brasil, 24 de fevereiro de 2025
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Brasil e Uruguai firmam acordo para ampliar integração energética e reduzir custos

Intercâmbio de eletricidade fortalece segurança energética e beneficia consumidores brasileiros.
Novo acordo reforça a infraestrutura elétrica. Foto: Divulgação

Os governos do Brasil e do Uruguai assinaram, nesta semana, um Memorando de Entendimento para aprimorar o intercâmbio de energia elétrica entre os dois países. O acordo, formalizado em Montevidéu, propõe a transferência do ponto de entrega da energia uruguaia da Subestação Presidente Médici (230 kV) para a Subestação Candiota II (525 kV), no Rio Grande do Sul, aumentando a capacidade da rede e reduzindo riscos de sobrecarga.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a parceria fortalece a integração energética regional, trazendo benefícios para ambos os países.

— O Uruguai tem importado cada vez mais energia do Brasil e também nos exporta quando necessitamos. Essa interconexão elétrica fortalece a integração regional, reduz custos e aumenta a confiabilidade do sistema, disse Silveira.

Descongestionamento da rede elétrica

O novo ponto de entrega permitirá um descongestionamento da rede de 230 kV, que atualmente opera no limite devido ao avanço da geração renovável no sul do Brasil. A mudança para 500 kV proporcionará uma infraestrutura de maior capacidade e menor risco de interrupções.

O Ministério de Minas e Energia informou que tomará as medidas necessárias para a interligação física entre as Subestações Candiota e Candiota II, consolidando a nova configuração do intercâmbio energético.

Brasil amplia exportação de energia

O acordo com o Uruguai ocorre em um momento em que o Brasil tem expandido sua capacidade de geração elétrica, permitindo o aumento das exportações para países vizinhos. Na primeira semana de fevereiro, o país exportou 1.093 MW médios para a Argentina e o Uruguai, volume equivalente à produção total das termelétricas da região Sul no mesmo período.

Segundo Silveira, a melhora na oferta de energia, impulsionada pela recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, tem reduzido a necessidade de acionar termelétricas, que são mais caras.

— Com o aumento da produção, podemos exportar mais, reduzindo a necessidade de termelétricas e ajudando a baixar os custos para os consumidores brasileiros, afirmou.

A energia importada pelo Brasil também segue critérios econômicos. Segundo o ministério, somente em 2024, a importação de energia do Uruguai gerou uma economia de mais de R$ 750 milhões para o Sistema Interligado Nacional, garantindo maior eficiência e estabilidade ao mercado de eletricidade do país.

ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira

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