Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Rildo Soares dos Santos é julgado por feminicídio em Goiás

Goiânia – O julgamento de Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, tem chamado a atenção da sociedade brasileira por sua gravidade. Rildo, que foi identificado como um serial killer, confessa de três feminicídios em Rio Verde, Goiás, começou nesta quarta-feira (10/12) a ser julgado pela morte de Elisângela Silva de Sousa. O crime ocorreu em setembro, enquanto a mulher dirigia-se ao trabalho.

Breve histórico do caso

No dia do crime, Elisângela, de 26 anos, foi abordada por Rildo, que anunciou um assalto e forçou a jovem a acompanhá-lo até um terreno baldio. De acordo com a narrativa de Rildo, houve uma luta corporal entre eles, resultando na queda de Elisângela, que sofreu uma pancada na cabeça. Após isso, ele ocultou o corpo da vítima, tirando sua calça vermelha para dificultar sua identificação, uma vez que a cor chamava atenção no terreno. Contudo, o corpo foi encontrado completamente enterrado em um local distante.

Durante as investigações, o delegado Adelson Candeo destacou que a vítima foi agredida com extrema violência, resultando em múltiplas lesões faciais e um crânio desfigurado. Rildo admitiu a ocultação do cadáver, porém negou a prática de qualquer ato de violência sexual.

Confissões de Rildo e outros crimes

Além do caso de Elisângela, Rildo também confessou ter estuprado e assassinado Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos. Assim como Elisângela, Monara foi atraída por ele até um terreno para o consumo de drogas, onde foi brutalmente atacada. Testemunhos indicam que Rildo usou uma ripa para agredi-la e, segundo denúncia, ateou fogo ao seu corpo depois do crime.

De acordo com o Ministério Público, ele alegou que agiu em motivação torpe, desconfiando que Monara havia roubado dinheiro de sua casa. As acusações incluem feminicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.

Investigação em andamento

As autoridades não param por aí; Rildo é suspeito de até 15 outros crimes, que se estendem para diferentes estados, incluindo a Bahia, onde nasceu. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) revelou que ele está sendo investigado por cinco casos adicionais, que vão desde roubo, estupro a homicídios. A maioria das acusações ocorridas em Goiás estão localizadas no Bairro Popular, onde Rildo se mudou em janeiro de 2025.

Na coletiva de imprensa, o delegado Candeo mencionou que, na visão da polícia, Rildo é classificado como um “criminoso em série”. “De acordo com o FBI e outros estudos, um criminoso em série possui características específicas, como dissimulação, falta de empatia e um modus operandi semelhante. Consideramos, portanto, que ele se encaixa nesse perfil”, afirmou o delegado.

A defesa de Rildo

Em resposta às acusações e ao andamento do julgamento, a defesa de Rildo, representada pelo advogado Nylson Schmidt, declarou que não pedirá a absolvição de seu cliente. Ele enfatizou que o papel da defesa é garantir o devido processo legal, sem emitir juízos de valor sobre os fatos em questão.

O caso de Rildo Soares dos Santos não é apenas uma tragédia pessoal, mas um triste reflexo da epidemia de violência contra as mulheres que assola o Brasil. A sociedade, assim como as autoridades, observam com expectativa o desenrolar do julgamento, espera-se que o caso traga à tona a discussão sobre feminicídios e a proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade.

Este julgamento em Goiás é um lembrete pungente da necessidade urgente de ação contra a violência de gênero e como as autoridades devem se mobilizar para prevenir tais atrocidades no futuro. O resultado do julgamento de Rildo poderá – espera-se – auxiliar na construção de políticas mais eficazes e proativas na luta contra a violência de gênero.

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