Brasil, 20 de dezembro de 2025
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Deputada Carla Zambelli mantém mandato apesar de condenação

O processo de cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ganhou novos contornos nesta semana. O relator Diego Garcia (Republicanos-PR) apresentou um novo relatório, mantendo o parecer pela manutenção do mandato da parlamentar bolsonarista. A votação, que promete ser bastante debatida, está agendada para esta quarta-feira (10/12) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e também será pauta do plenário.

Um novo parecer e suas implicações

Na última semana, Diego Garcia já havia elaborado um parecer contrário à cassação de Zambelli, afirmando que não tinha certeza de que a deputada teria ordenado o ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse ataque é o motivo da condenação de Zambelli pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou em uma pena de 10 anos de prisão e na perda do mandato.

Garcia salientou que a decisão tomada foi baseada em uma interpretação dos autos, aos quais teve acesso restrito devido à natureza sigilosa do processo. Ele comentou que tem “dúvidas graves e profundas” sobre as acusações que pesam contra a deputada, o que levanta questionamentos não apenas sobre a culpabilidade, mas também sobre a transparência das provas apresentadas.

Além disso, o relator mencionou ter adicionado pontos em seu relatório em resposta a críticas vindas da base do governo. Dentre esses pontos, citou o mandado de segurança apresentado pelo líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), bem como o voto em separado do deputado Rubens Pereira Jr (PT-MA). Garcia reiterou que “não há provas” suficientes para condenar Zambelli e expressou sua expectativa de que o plenário aprove seu parecer.

A condenação sob análise da CCJ

Garcia também criticou o veredito que levou à condenação de Zambelli no caso do hacker, afirmando que a decisão foi baseada única e exclusivamente no depoimento de Walter Delgatti, qualificado pela Polícia Federal como “mentiroso compulsivo”. Este ponto é especialmente controverso, uma vez que a credibilidade das provas apresenta um papel crucial em processos de tal gravidade.

O relator argumentou que o presidente da Comissão, Motta, agiu corretamene ao encaminhar o caso para a CCJ, para evitar que a decisão da Câmara fosse apenas declaratória. “Acrescento esses pontos para que não haja dúvidas e para que os parlamentares saibam sobre o que estão votando”, disse ele, referindo-se à gravidade da situação enfrentada pela deputada.

Na perspectiva da CCJ, a conclusão sobre a validade do parecer é esperada já nesta quarta-feira, um dia que poderá marcar um ponto decisivo na trajetória política de Zambelli.

Contexto da fuga e detenção de Zambelli

É importante ressaltar que, em maio deste ano, Zambelli deixou o Brasil às vésperas da decisão judicial que emitiu sua condenação. Ela se dirigiu à Itália, país onde possui cidadania. Entretanto, a deputada foi presa em solo italiano, onde aguarda o julgamento de um pedido de extradição para o Brasil. Este fato acrescenta um elemento adicional de complicação ao panorama político já conturbado que a envolve.

Com a votação iminente na CCJ e a pressão do público e da mídia, o próximo passo neste caso será fundamental não apenas para o futuro de Carla Zambelli, mas também para a imagem e a credibilidade do próprio Congresso Nacional.

Assim, o que se observa é que a situação ainda está longe de ser resolvida. À medida que os dias avança, a expectativa é que novos desdobramentos surjam, iluminando ainda mais a trajetória conturbada da deputada e as implicações de suas ações.

Os olhos do país se voltam agora para a CCJ, onde a votação marcará um novo capítulo neste complexo e dramático processo político.

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