O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (8/12) o encerramento da sala de situação que monitorava os casos de intoxicação por metanol no país. A decisão foi tomada apenas 12 dias após a confirmação do último caso, evidenciando a redução significativa dos registros e um cenário de estabilidade epidemiológica. A sala foi criada em 1º de outubro, logo após o surgimento dos casos iniciais, completando 68 dias de funcionamento. O monitoramento anteriormente implementado se mostrou eficaz na contenção da intoxicação, que gerou preocupações em várias regiões.
Encerramento da sala de situação
A portaria que formaliza o encerramento da sala foi publicada no Diário Oficial da União e contou com a assinatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo a nota oficial, “com a redução expressiva de novos casos e óbitos, o ministério considera que um cenário de estabilidade epidemiológica está consolidado”. Neste momento, o órgão está focado apenas em uma outra sala de situação relacionada a vírus respiratórios, apontando para uma transição para a gestão de saúde mais normalizada e rotineira.
Colaboração entre instituições
A sala de situação foi resultado da colaboração de representantes de várias instituições, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o Conselho Nacional de Saúde (CNS), além dos ministérios da Agricultura e Pecuária e da Justiça e Segurança Pública. Essa rede de colaboração foi essencial para responder rapidamente aos desafios trazidos pela intoxicação por metanol, que causou grande preocupação em várias partes do Brasil.
A situação atual nos estados
Com a medida do Ministério da Saúde, todos os estados agora contam com estoque garantido de antídotos e melhorias na capacidade de realizar diagnósticos. A assistência e o acompanhamento das intoxicações voltam a seguir o fluxo rotineiro por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Isso implica que a vigilância se reestabelecerá em sua normalidade, permitindo que o Ministério da Saúde permaneça atento a novas ocorrências que possam surgir.
Dados sobre a intoxicação por metanol
Os dados divulgados pelo governo mostram uma grande discrepância entre o número de casos notificados como suspeitos de intoxicação (890 entre os dias 26 de setembro e 5 de dezembro) e os casos confirmados (73), o que representa somente 8,2% do total. O surto de envenenamento por metanol deixou um total de 22 mortos, com ocorrências em São Paulo, Pernambuco, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul. Além disso, outros nove óbitos permanecem sob investigação.
Estatísticas por estado
Os estados mais afetados durante o surto de intoxicação por metanol foram:
- São Paulo: 578 casos notificados; 50 confirmados;
- Pernambuco: 109 casos notificados; 8 confirmados;
- Mato Grosso: 6 confirmados;
- Paraná: 6 confirmados;
- Bahia: 2 confirmados;
- Rio Grande do Sul: 1 confirmado.
Esperança e vigilância contínua
A redução dos casos e a resposta estruturada das autoridades de saúde trazem esperança à população, mas também servem como um lembrete da importância da vigilância constante e da preparação para futuras emergências de saúde pública. O encerramento da sala de situação da intoxicação por metanol deixa claro que, embora a situação atual esteja sob controle, não se pode descuidar das práticas de saúde e segurança que podem prevenir tais episódios no futuro.
Em resumo, o Ministério da Saúde, ao encerrar a sala de situação sobre intoxicação por metanol, sinaliza o fim de um capítulo difícil na saúde pública brasileira, mas isso não elimina a necessidade de monitoramento e supervisão contínua para garantir a segurança da população.
Para mais informações sobre a intoxicação por metanol e medidas de prevenção, acesse [Diário Oficial da União](https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-9.169-de-5-de-dezembro-de-2025-673685587).

