Brasil, 8 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Moradores tapam buracos em rua de Teresina após um ano de obra parada

Na manhã desta segunda-feira (8), os moradores da Vila Fraternidade II, localizada no bairro Satélite, Zona Leste de Teresina, se mobilizaram para tapar os buracos da Rua Cinco. A iniciativa ocorreu após quase um ano de paralisação de uma obra realizada pela Prefeitura Municipal, que deixou a via em condições precárias e causou transtornos à população local.

Moradores tomam iniciativa diante da inação pública

A ação foi liderada por um grupo de residentes que, com a ajuda de cinco pedreiros e quatro ajudantes, arrecadou cerca de R$ 1,5 mil em doações para a compra de materiais. A insatisfação com a situação da rua levou a comunidade a se unir e agir por conta própria, já que as solicitações de conserto feitas à administração municipal não obtiveram resposta adequada.

“O calçamento ficou todo esburacado. A gente pediu o conserto, mas nunca teve retorno. Então os moradores se uniram, compraram o material e estão fazendo por conta própria”, relatou Jesus Morais, uma das moradoras afetadas pela situação. Segundo ela, cinco ruas ficaram sem asfalto após o início da obra em 2024, e a falta de manutenção fez com que os buracos aumentassem, dificultando o trânsito e comprometendo serviços essenciais.

Impacto na mobilidade urbana e serviços essenciais

A situação se tornou tão crítica que serviços de transporte e emergência foram prejudicados. “Motoristas de aplicativo não entram, ambulâncias, nem carros da polícia conseguem acessar a área. Estava danificando carros e motos dos moradores. A gente não tinha mais acesso”, completou Jesus, ressaltando a gravidade da questão.

A mobilização dos moradores, embora louvável e necessária, expõe a falta de planejamento urbano e a ausência de resposta rápida por parte do poder público. A Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Leste se pronunciou, afirmando que realiza um mapeamento diário das demandas da região e que as solicitações de reparos estão sendo incluídas no cronograma de obras. A SDU ainda disponibilizou um contato para que a população possa relatar problemas similares e solicitar atendimento.

Compromisso e comunicação com a população

Em nota oficial, a SDU Leste comunicou que as demandas identificadas passam por um processo de planejamento e execução. A resposta da superintendência enfatiza o compromisso da gestão em garantir um ambiente urbano seguro e de qualidade para todos. No entanto, a frustração dos moradores é palpável e questiona a efetividade das ações propostas.

Enquanto as autoridades esperam resolver o problema em um futuro próximo, os moradores continuam a tentar melhorar as condições de sua rua. A experiência deles serve de alerta para a importância de uma comunicação transparente e ações efetivas por parte da administração pública. A esperança é que a mobilização da comunidade inspire mudanças e que os serviços essenciais sejam priorizados nas áreas afetadas.

O que podemos aprender com essa situação?

A ação dos moradores da Vila Fraternidade II ilustra o potencial da sociedade civil em enfrentar desafios quando a administração pública falha em atender às suas necessidades. É um lembrete de que, muitas vezes, a comunidade deve tomar a iniciativa e buscar soluções coletivas para problemas que afetam sua qualidade de vida.

A continuidade desse tipo de mobilização pode gerar um impacto positivo, não apenas na melhoria do espaço urbano, mas também no fortalecimento dos laços comunitários. Além disso, é crucial que as autoridades ouçam as vozes dos cidadãos e atuem rapidamente para prevenir que situações semelhantes ocorram em outras partes da cidade. Apenas assim será possível construir um ambiente urbano que respeite e valorize os direitos dos seus moradores.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes