Em uma entrevista ao New York Times, Kristen Stewart fez uma crítica contundente aos homens que adotam o método de atuação, destacando as diferenças de percepção entre os gêneros. Para ela, o desempenho vulnerável é visto como algo “pouco masculino” quando praticado por homens, enquanto mulheres são julgadas por sua intensidade emocional.
Reflexões de Kristen sobre o método de atuação e masculinidade
Questionada sobre sua ligação com o método de atuação de Marlon Brando, Kristen afirmou que o comportamento masculino na atuação muitas vezes envolve demostrar força e bravura. Segundo ela, “Performance é inerentemente vulnerável e, por isso, bastante embaraçosa e pouco masculina”. Ela comentou ainda que os atores costumam esconder a vulnerabilidade para parecerem mais fortes no set.
“Já ouviu falar de uma atriz que precisa gritar ou fazer uma cena intensa? Quando mencionei ‘ator masculino, atriz feminina’, a reação foi como se fosse um tabu”, destacou Kristen. Ela também observou que, para os homens, há uma tendência a exagerar a masculinidade, como fazer exercícios físicos antes das cenas para parecerem mais “masculinos”.
A visão de Kristen sobre a masculinidade e o talento
A atriz criticou a narrativa comum de que atores masculinos precisam demonstrar força para serem considerados talentosos ou heróis. “Se uma mulher fizesse a mesma coisa, seria diferente. Ainda assim, ela acredita que há um estigma que associa vulnerabilidade a fraqueza, especialmente para os homens”, explicou.
Em suas palavras, a vulnerabilidade no trabalho de um ator é algo que muitas vezes é considerado uma fraqueza por uma sociedade que valoriza a força. “Se eles podem protrair sua vulnerabilidade, como um gorila batendo no peito, antes de chorar em cena, parece menos embaraçoso e mais impressionante”, completou.
Reação da indústria e reflexão sobre gênero
Kristen também comentou um episódio recente em que questionou outro ator sobre a presença de mulheres que utilizam o método de forma intensa. A resposta foi que “atoras são loucas”, reforçando o estereótipo de que a vulnerabilidade feminina é vista de forma diferente. Sua fala rapidamente ganhou destaque nas redes sociais e entre fãs.
Ela conclui que é importante refletir sobre como o gênero influencia a percepção do esforço e vulnerabilidade no cinema. Sua crítica lança luz ao debate sobre masculinidade tóxica e o papel da vulnerabilidade na arte de atuar.
Para conferir a entrevista completa, acesse a reportagem do New York Times.
