Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Nova tabela do IR 2026 aumenta faixa de isenção para R$ 5 mil

O governo federal sancionou nesta semana a nova tabela do Imposto de Renda (IR) para o ano de 2026, com validade a partir de 1º de janeiro. A principal mudança é a ampliação da faixa de isenção de IRPF, que agora inclui quem ganha até R$ 5 mil por mês, um aumento significativo na proteção contra tributação. Além disso, haverá redução de alíquotas para salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00, enquanto para rendimentos superiores, as regras permanecem inalteradas.

Como fica a tabela do IRPF com as novas regras

O projeto aprovado elimina o imposto dos contribuintes que recebem até R$ 5 mil mensais e reduz o valor da alíquota para quem tem salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. Para quem ganha acima desse valor, o sistema de tributação permanece igual ao vigente, sem alterações na tabela geral. Essa mudança deve beneficiar 16 milhões de cidadãos, incluindo trabalhadores com salário até R$ 7.350.

A entrada em vigor da nova tabela está prevista para o dia 1º de janeiro de 2026, conforme anunciado pelo governo. A medida visa ampliar a isenção e aliviar a carga tributária de uma parcela significativa da população.

Quem tem direito à isenção e como ela funciona

Hoje, o teto de isenção é de R$ 2.428,80, mas devido ao desconto simplificado de R$ 607,20, essa faixa se estende até aproximadamente R$ 3.036 por mês, o equivalente a dois salários mínimos. Com a nova regra, os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil ficarão completamente isentos de IR. Essa mudança atende a uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Impactos para quem ganha até R$ 7.350

Na prática, a nova legislação cria uma situação possivelmente até mais favorável do que a anterior, com uma espécie de divisão na tributação: uma tabela para rendimentos até R$ 7.350 e outra para valores superiores. Para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá um impacto positivo, com redução de imposto devido.

Profissionais com rendimentos elevados, como autônomos que atuam em empresas e trabalham com salários altos, também serão afetados. Segundo ferramenta do GLOBO, esses profissionais podem pagar mais imposto devido à mudança na alíquota e nas faixas.

Outros detalhes das mudanças na tributação

Não haverá reajuste na tabela geral de IR, que continuará dividida em duas seções: uma para quem ganha até R$ 7.350 e outra para quem recebe mais. Ainda assim, o projeto prevê uma nova alíquota mínima de 10% para rendas acima de R$ 50 mil mensais, além de uma alíquota máxima de 10% para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão ao ano.

Os profissionais liberais com rendimentos superiores a R$ 50 mil ao mês poderão ser alvo de tributação mínima, especialmente autônomos, uma vez que trabalhadores CLT já têm imposto retido na fonte. Além disso, os dividendos passam a ter uma retenção de 10% na fonte para valores acima de R$ 50 mil mensais ou no exterior, atualmente isentos de IR.

Perda de arrecadação e compensações

Estima-se que a aplicação das novas regras possa gerar uma perda de R$ 31,2 bilhões na arrecadação em 2026. Para compensar esse impacto, o governo planeja criar um imposto mínimo sobre os contribuintes de alta renda e taxar remessas de dividendos ao exterior, o que deve aumentar a arrecadação em até R$ 34,1 bilhões.

Qual o impacto para estados e municípios

Havia preocupação de que as mudanças causassem perdas nos repasses ao FPE e FPM, fundos que integram a receita de estados e municípios. Para evitar isso, o projeto prevê repasses automáticos de recursos federais para compensar eventuais prejuízos.

Outros pontos relevantes

O cálculo da renda mais alta considerará todos os rendimentos, inclusive lucros e dividendos de empresas, com exceções às vendas de imóveis, valores recebidos de ações judiciais, aluguéis não pagos ou isentos por doenças. Benefícios como aposentadorias e indenizações também ficam de fora do cálculo do IR.

Para mais informações, consulte a fonte.

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