A Câmara Municipal de Santos, no litoral de São Paulo, aprovou recentemente o Projeto de Lei (PL) 343/2025, que institui o Dia da Memória do Navio-Presídio Raul Soares, a ser comemorado em 24 de abril. A proposta, de autoria da vereadora Débora Camilo (PSOL), é um reconhecimento simbólico de um período sombrio da história brasileira e busca lembrar os horrores da ditadura militar. Com a aprovação do projeto, a data será oficialmente incluída no calendário da cidade, agora aguardando a sanção do prefeito Rogério Santos (Republicanos).
A importância do navio-presídio Raul Soares
O navio-presídio Raul Soares, que ficou ancorado no Porto de Santos por anos, foi utilizado durante o regime militar como um local de detenções e torturas. A embarcação é símbolo de uma época marcada pela repressão e pela violação dos direitos humanos. A escolha de instaurar um dia em sua memória é um passo significativo para a cidade, uma vez que promove a reflexão sobre a importância de preservar a memória histórica e evitar que tais abusos se repitam no futuro.
A proposta de Débora Camilo
A vereadora Débora Camilo, autora do projeto, destacou a relevância de se lembrar dos eventos passados, enfatizando que “a memória é uma forma de resistência”. Segundo ela, homenagear as vítimas da ditadura é fundamental para a construção de um futuro com mais justiça e respeito aos direitos humanos. Em sua fala na câmara, a vereadora fez um apelo à população para que participe das comemorações que ocorram no dia 24 de abril, promovendo eventos educativos e de conscientização.
Próximos passos para a sanção do projeto
Com a aprovação do PL 343/2025 na Câmara de Santos, o próximo passo é a sanção do prefeito Rogério Santos. O chefe do Executivo municipal tem agora a responsabilidade de oficializar a data, convertendo a proposta em lei. A expectativa é que a sanção ocorra sem delongas, dada a importância do tema e o apoio demonstrado pelos vereadores.
Repercussão da decisão
A decisão da Câmara de Santos gerou um forte apoio entre grupos de direitos humanos e da sociedade civil. As organizações que lutam pela memória das vítimas da ditadura militar destacaram a importância da iniciativa e consideraram um avanço significativo na luta contra a impunidade. Além disso, o projeto ainda pode inspirar outras cidades do Brasil a instituírem datas semelhantes, promovendo a reflexão sobre o passado e a importância da democracia.
Expectativas para o Dia da Memória
O Dia da Memória do Navio-Presídio Raul Soares promete ser uma data de cívica importância para Santos e para todo o Brasil. Organizações da sociedade civil, escolas e universidades deverão se mobilizar para elaborar atividades que visem educar a população sobre o passado recente do país, trazendo à tona histórias de resistência e luta por liberdade. Entre as propostas estão palestras, vigílias e exposições, todas voltadas para fortalecer a memória coletiva e a reflexão sobre a ditadura militar.
A comemoração deverá servir não apenas como um momento de lembrança, mas também como uma oportunidade para discutir os direitos humanos e a importância da democracia nos dias atuais. É um convite à sociedade para que não se esqueça das lições do passado e mantenha viva a memória dos que sofreram durante um dos períodos mais sombrios da história brasileira.
Assim, o Dia da Memória do Navio-Presídio Raul Soares pode se tornar um marco na luta por justiça e verdade no Brasil, estimulando novas gerações a refletir sobre a importância dos direitos humanos e do respeito à diversidade. A aprovação do projeto pela Câmara de Santos é, sem dúvida, um passo positivo nesta direção.
