O deputado federal Eduardo Bolsonaro se manifestou a favor da escolha do senador Flávio Bolsonaro como o pré-candidato do PL à Presidência da República em 2026. Em uma declaração clara, Eduardo afirmou que “não é hora de disputas menores” e pediu que “deixem as diferenças para trás” para que a direita chegue a um consenso ao redor do nome do irmão.
A importância do apoio familiar
Eduardo sublinhou a relevância da candidatura de Flávio, dizendo que “meu irmão erguerá a bandeira dos ideais do nosso pai. Ele será o rosto da esperança em meio ao medo; da liberdade em meio à opressão. Representará todos aqueles que se recusam a se ajoelhar diante da tirania.” Esta afirmação destaca não apenas o apoio familiar, mas também um forte apelo emocional que busca conectar Flávio aos ideais de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desafios à frente
Segundo Eduardo, Flávio “aceitou esse desafio gigantesco mesmo sabendo o tamanho das dores que isso traria.” É um momento onde a família Bolsonaro se encontra em uma situação delicada, com seu patriarca preso, e a expectativa em cima dos filhos é alta. “Todos sabemos que o povo desejava nosso pai como candidato. Essa era a vontade popular. Mas a tirania que avança sobre nossa nação arrancou essa escolha das mãos da população. Julgaram que assim nos calariam,” lamentou Eduardo, referindo-se à situação atual do ex-presidente.
Nesta sexta-feira, Flávio assumiu publicamente a condição de pré-candidato à presidência, ao divulgar uma mensagem em que afirma ter sido escolhido por Jair Bolsonaro para liderar o projeto político do grupo. Neste comunicado, Flávio afirmou: “É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação.”
Reorganização da direita brasileira
A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro traz uma nova configuração para a direita brasileira. Até agora, Tarcísio de Freitas era considerado uma forte opção para liderar a chapa bolsonarista. No entanto, fontes próximas ao governador de São Paulo indicam que ele não queria concorrer ou aceitar o cargo de vice. A preferência por Flávio reflete, segundo membros do PL, a avaliação de que apenas um membro da família pode unificar o partido diante das atuais disputas internas e pressões de líderes regionais.
Contudo, a decisão não encerra a disputa. Alguns membros do PL acreditam que a escolha pode não ser definitiva, vendo o anúncio como uma estratégia de Jair Bolsonaro para manter controle político enquanto enfrenta desafios legais e pessoais. Além disso, integrantes de partidos do Centrão expressaram dúvidas sobre a viabilidade eleitoral de Flávio a longo prazo.




