O Google Maps atualizou oficialmente o nome do Golfo do México para Golfo da América, um dia depois de o presidente Donald Trump assinar uma proclamação declarando 9 de fevereiro como o “Dia do Golfo da América”. A decisão faz parte de uma série de mudanças ordenadas por Trump, que também determinou a restauração do nome Monte McKinley para o pico mais alto dos Estados Unidos, antes chamado de Denali.
Google segue atualizações do Governo Trump
O Google afirmou que segue uma política de atualizar seus mapas conforme mudanças oficiais em bancos de dados governamentais.
“Temos uma prática de longa data de aplicar mudanças de nome quando elas são atualizadas em fontes governamentais oficiais”, disse a empresa em um post na plataforma X (antigo Twitter).
A empresa explicou que o Google Maps reflete informações do Geographic Names Information System (GNIS), um banco de dados que lista mais de um milhão de feições geográficas nos Estados Unidos. Assim que a alteração for oficializada nesse sistema, a mudança aparecerá nos mapas.
Trump defende a mudança
Desde sua campanha presidencial em 2016, Trump tem se envolvido em disputas políticas e comerciais com o México, incluindo temas como segurança nas fronteiras e tarifas de importação. Durante sua posse, reafirmou sua intenção de renomear o Golfo do México, chamando a mudança de um passo para reafirmar o poder americano no mundo.
“A América retomará seu lugar de direito como a nação mais poderosa e respeitada da Terra, inspirando admiração em todo o mundo”, disse Trump em um discurso recente.
Além do Golfo da América, Trump defende a renomeação do Monte Denali para Monte McKinley, em homenagem ao presidente William McKinley, que governou os Estados Unidos entre 1897 e 1901.
Embora o Google Maps tenha atualizado os nomes conforme as determinações do governo, outros países não são obrigados a seguir a mudança. A Organização Hidrográfica Internacional (IHO), responsável pela padronização dos nomes de mares e oceanos no mundo, mantém o nome Golfo do México em suas documentações oficiais.
Ao longo da história, alguns corpos d’água e formações geográficas já tiveram múltiplos nomes dependendo do país que os referencia. Um exemplo clássico é o Rio Grande, que forma a fronteira entre os EUA e o México: enquanto americanos o chamam de Rio Grande, os mexicanos o conhecem como Rio Bravo.
O Que Vem a Seguir?
As mudanças de nomenclatura promovidas por Trump podem enfrentar resistência de acadêmicos, comunidades indígenas e organizações internacionais. No entanto, o Google Maps já adotou as novas denominações em território americano, o que pode gerar confusão em mapas globais e sistemas de navegação.
