O Kremlin alertou nesta segunda-feira (10) que as relações entre EUA e Rússia estão à beira do colapso, em meio às tensões sobre a guerra na Ucrânia. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou que o conflito continuará até que Kyiv abandone suas aspirações de ingressar na OTAN e retire suas forças das quatro regiões ocupadas pelos russos.
“Precisamos fazer com que o novo governo dos EUA compreenda que, sem resolver as causas fundamentais da crise na Ucrânia, não será possível chegar a um acordo,” disse Ryabkov, reforçando a postura rígida de Moscou nas negociações.
O alerta do Kremlin veio logo após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que conversou com Vladimir Putin sobre o conflito. No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, evitou confirmar ou negar a conversa.
Trump quer encerrar guerra, mas não revela detalhes
Durante uma conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, no domingo (9), Trump indicou que já conversou com Putin e espera ter mais diálogos no futuro.
“Vamos apenas dizer que eu já tive essa conversa… e espero ter muitas outras. Precisamos encerrar essa guerra,” declarou o ex-presidente.
Ao ser questionado sobre quantas vezes falou com Putin, ele se recusou a responder:
“Melhor eu não dizer.”
Trump prometeu, durante sua campanha, que resolveria a guerra na Ucrânia em um único dia, caso voltasse à presidência. Agora, a expectativa é que ele revele mais detalhes sobre sua estratégia.
🌍 Tensões aumentam enquanto mundo aguarda plano de paz de Trump
As declarações de Trump ocorrem em um momento crucial da guerra, com Kyiv e seus aliados europeus preocupados com os próximos passos dos EUA. O conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, afirmou no domingo que a equipe do ex-presidente está trabalhando em um plano para encerrar o conflito.
📌 Segundo Waltz, Trump estaria disposto a:
- Impor tarifas e sanções à Rússia para forçar Putin a negociar;
- Reduzir a ajuda militar dos EUA à Ucrânia, pressionando aliados europeus a aumentar seu apoio a Kyiv.
Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, reforçou a necessidade de um encontro com Trump antes de qualquer negociação com Putin.
“Caso contrário, parecerá um diálogo sobre a Ucrânia sem a presença da Ucrânia,” disse Zelenskyy à Reuters.
A pressão para esclarecimentos sobre o plano de Trump deve aumentar esta semana, quando Zelenskyy participará da Conferência de Segurança de Munique, onde altos funcionários dos EUA também estarão presentes.
🚨 Rússia mantém ataques enquanto negociações seguem indefinidas
Apesar dos rumores de negociações, a guerra continua. No domingo à noite, um ataque russo com drones atingiu Kyiv, ferindo uma mulher e danificando várias casas na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia.
O cenário indica que ainda não há um caminho claro para um cessar-fogo, e as relações entre EUA e Rússia seguem fragilizadas. O mundo agora aguarda os próximos passos de Trump e de sua administração para tentar resolver um dos conflitos mais complexos da atualidade.
Negociações incertas e tensão global
As declarações de Trump e a postura dura do Kremlin mostram que a guerra na Ucrânia continua sem uma solução imediata. Se por um lado Trump promete encerrar o conflito rapidamente, por outro, Putin não dá sinais de recuo, e Zelenskyy exige garantias de apoio antes de sentar-se à mesa de negociações.
Com as relações entre EUA e Rússia no limite, o desenrolar dessa crise pode redefinir a geopolítica mundial nos próximos meses.
Com informações da NBC