Brasília – O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central (BC), manteve a projeção da taxa Selic em 15% para 2025, mesma expectativa das últimas quatro semanas. Para os anos seguintes, o mercado financeiro prevê uma trajetória de queda gradual:
✅ 2026: 12,5% ao ano
✅ 2027: 10,5% ao ano
✅ 2028: 10% ao ano
Atualmente, a taxa está fixada em 13,25% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar os juros em 1 ponto percentual no final de janeiro. A decisão foi tomada para conter o avanço da inflação, que segue acima da meta estipulada para os próximos anos.
🔺 Alta do dólar e alimentos pressionam inflação
O Copom destacou que o cenário inflacionário continua desafiador, principalmente devido a fatores como:
📌 Alta dos preços dos alimentos: impactados pela estiagem e pelo ciclo do boi, que elevou os preços das carnes.
📌 Aumento do dólar: encarece bens industrializados e pressiona as margens de lucro, contribuindo para novos reajustes de preços.
A expectativa do BC é de que a inflação permaneça acima da meta em 2025, fixada em 3%, dentro do intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
🔮 Juros podem subir novamente em março
Diante do cenário inflacionário adverso, o BC sinalizou que pode elevar a Selic em mais 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 18 e 19 de março.
A medida reforça a estratégia de manter uma política econômica contracionista, reduzindo o consumo e controlando a alta dos preços.
🔎 Por que isso importa?
📌 Juros altos encarecem o crédito, tornando financiamentos e empréstimos mais caros para empresas e consumidores.
📌 Inflação elevada reduz o poder de compra, impactando principalmente as famílias de baixa renda.
📌 Alta do dólar encarece importações, pressionando ainda mais os preços internos.
📌 Crescimento econômico pode ser afetado, já que juros altos desestimulam investimentos produtivos.
📢 Juros elevados por mais tempo
Com a inflação ainda pressionada, o Banco Central deve manter a Selic em patamares elevados por mais tempo, possivelmente promovendo novos aumentos em março. O mercado segue atento às decisões do Copom e aos impactos no crescimento da economia e na cotação do dólar.