A missão de Observação Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas está intensificando seus esforços para garantir o retorno seguro e imediato de crianças ucranianas retiradas de suas famílias durante o conflito. O cardeal Matteo Zuppi, encarregado de questões humanitárias na Ucrânia, lidera essas iniciativas em um contexto de crescente preocupação internacional.
Compromisso da Santa Sé
Na recente sessão especial da Assembleia Geral da ONU, a Santa Sé reafirmou seu compromisso contínuo com a causa das crianças ucranianas. A declaração sublinha que a questão do retorno das crianças “é uma questão de justiça e não deve ser ofuscada por considerações políticas”. A Santa Sé pede a libertação dos prisioneiros de guerra e o fim das hostilidades que têm devastado o país e seu povo.
A guerra, que se arrasta por um tempo considerável, causou devastação em cidades que antigamente vibravam com vida e interrompeu o crescimento de inúmeras crianças que deveriam estar se desenvolvendo em um ambiente seguro e pacífico. O cardeal Zuppi enfatiza que a paz é um direito de todos, especialmente das crianças, que são sempre as mais afetadas em tempos de conflito.
Cessar-fogo imediato e diálogo
No apelo da Santa Sé, a urgência de um cessar-fogo imediato foi reafirmada como uma condição sem a qual qualquer diálogo significativo seria impossível. O texto desafia as nações envolvidas no conflito a superarem suas diferenças e a buscarem um diálogo “sincero e corajoso”, enfatizando que o tempo para agir é agora. A cada dia que as hostilidades continuam, mais vidas são perdidas e a divisão entre os povos se aprofunda.
A Santa Sé incentiva a comunidade internacional a “rejeitar a passividade” e a apoiar qualquer iniciativa que leve a uma verdadeira negociação e a uma paz duradoura. Este é um convite à solidariedade e à ação, não apenas em nome das crianças, mas em nome de toda a humanidade afetada pela guerra.
A resolução da ONU
Recentemente, a Assembleia Geral da ONU debateu a situação das crianças ucranianas e, por meio de uma resolução não vinculativa, solicitou à Rússia o “retorno imediato, seguro e incondicional” de todas as crianças que foram transferidas ou deportadas à força. Com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, a resolução expressou profunda preocupação com a situação dessas crianças, muitas das quais foram separadas de suas famílias desde a anexação da Crimeia em 2014.
Além disso, a resolução condena práticas que comprometem a segurança e o bem-estar das crianças, como a adoção forçada e a mudança de cidadania. Essa declaração reflete a necessidade urgente de abordar as questões humanitárias no contexto do conflito, sublinhando a importância de proteger os mais vulneráveis.
A pressão internacional está crescendo para que as partes em conflito considerem o bem-estar das crianças em suas estratégias e para que coloquem as necessidades humanitárias à frente das complexidades políticas do momento. A Santa Sé, com seu compromisso humanitário, desempenha um papel crucial nesse cenário, buscando uma solução que priorize a vida e a dignidade da infância.
O envolvimento da Santa Sé e o chamado à ação da ONU são passos significativos em direção a uma resolução que possa trazer paz à Ucrânia e segurança às crianças que, em meio a tudo isso, simplesmente desejam retornar para casa.
Para mais detalhes sobre esta questão premente, acesse o link para a fonte original: Vatican News.


