No último dia 3 de dezembro, a Prefeitura de Salvador emitiu um alerta epidemiológico devido ao diagnóstico de raiva em um filhote de cachorro na capital baiana. Este é um evento alarmante, pois o último registro da doença em um animal doméstico na cidade ocorreu há 20 anos. O filhote, com apenas três meses de vida, era criado em uma residência no Bairro de Sussuarana e faleceu no dia 20 de novembro. Um exame posterior confirmou a presença do vírus rábico canino no organismo do animal.
Investigação e medidas de prevenção
As autoridades estão atentas e as pessoas que mantinham contato com o cachorro estão sendo monitoradas. A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador alertou que o vírus da raiva tem uma letalidade quase 100% em humanos e pode ser transmitido através do contato com a saliva de animais infectados. A investigação preliminar indica que o filhote pode ter sido exposto a animais silvestres, o que levanta preocupações sobre a saúde pública na região.
Como resposta ao caso, a Prefeitura de Salvador implementou várias medidas de prevenção. Uma das estratégias é a vacinação de cães e gatos que vivem nas proximidades do local onde o filhote era mantido, além de orientar os moradores sobre a doença e suas consequências. Essa ação visa não apenas proteger os pets, mas também a população local.
Casos de raiva em cavalos e a importância do cuidado
Além do filhote de cachorro, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV-BA) relatou que outros dois casos de raiva foram registrados em cavalos em 2025, especificamente no bairro de Mussurunga, em Salvador, ocorrendo em janeiro e novembro. Esses casos foram confirmados por meio de exames laboratoriais. Em paralelo, ocorreram outros casos suspeitos na mesma área, mas os proprietários dos animais não avisaram as autoridades de saúde sobre a morte dos mesmos, o que dificulta a análise da situação e a implementação de ações corretivas.
A importância da profilaxia antirrábica
Diante desses eventos, a orientação do CRMV-BA é clara: em caso de mordidas, arranhões ou qualquer contato com a saliva de animais que possam ser suspeitos de estar infectados, as pessoas devem buscar atendimento médico imediatamente. A profilaxia antirrábica é fundamental para prevenir a doença e deve ser realizada o mais rápido possível. As vacinas disponíveis podem ser a diferença entre a vida e a morte, considerando a gravidade da raiva.
Conclusão e alerta à população
A situação instalada em Salvador serve como um alerta não apenas para a cidade, mas para todo o Brasil, já que a raiva é uma zoonose de alta letalidade. O fator humano e animal se entrelaça em questão de saúde pública, e o combate à doença requer a colaboração de todos — desde as autoridades até os cidadãos. A vacinação de pets e a conscientização sobre os riscos da interação com animais silvestres são medidas essenciais para prevenir casos futuros de raiva. Assim, a vigilância e a agir proativamente podem garantir a saúde de toda a comunidade.
Com a pandemia evidenciando a conexão entre saúde animal e saúde humana, é crucial que o alerta epidemiológico ativado em Salvador não seja encarado como um fato isolado, mas sim como parte de um esforço contínuo para proteger tanto os pets quanto as pessoas que convivem com eles.


