O juiz federal Anderson Santos da Silva, da 2ª Vara Federal Cível de Brasília, concedeu uma decisão liminar que garante o pagamento mensal de R$ 34.577,89 a Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, como reparação econômica, em razão do reconhecimento de Herzog como anistiado político, ainda não formalizado.
Clarice Herzog receberá uma compensação financeira, em virtude do reconhecimento da perseguição sofrida por seu falecido marido durante a ditadura militar no Brasil. O valor mensal será pago até que o reconhecimento formal da condição de anistiado político seja realizado.
Histórico do caso de Vladimir Herzog
Vladimir Herzog, jornalista e diretor de telejornalismo, foi assassinado em 1975 por agentes da repressão militar, tendo seu assassinato inicialmente simulado como suicídio. Em 2018, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por não esclarecer adequadamente as circunstâncias de sua morte, ressaltando a urgência de reparação às vítimas da ditadura.
Condições de saúde de Clarice Herzog
Clarice Herzog, aos 83 anos, teve uma vida marcado por sua incansável luta por justiç. Recentemente, a Justiça Federal concedeu a ela uma indenização mensal vitalícia de R$ 34.577,89, em decorrência da perseguição política que sua família sofreu durante a ditadura militar no Brasil, especialmente após a morte de seu marido, o jornalista Vladimir Herzog, em 1975.
Essa decisão judicial é um marco importante para Clarice, que continua a atuar ativamente na defesa dos direitos humanos e na preservação da memória de seu marido. No entanto, sua saúde é uma preocupação, pois ela enfrenta um estágio avançado de Doença de Alzheimer. O juiz Anderson Santos da Silva enfatizou a urgência da decisão devido à idade saúde Clarice. Esse fator foi decisivo para a concessão da reparação em prestações mensais vitalícias.
Reação da família e do Instituto Vladimir Herzog
A decisão foi celebrada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela família do jornalista, que a consideraram um marco importante na luta por justiça em um momento que rememora os 50 anos do crime. A defesa de Clarice também pediu pagamentos retroativos, que ainda aguardam análise.
