Teresina, 4 de fevereiro de 2025
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Taxa Selic projetada em 15% para 2025 mantém pressão sobre a economia

Economia brasileira mantém crescimento, mas inflação é pressionada. Foto: Diário do Povo.

Brasília – Os economistas revelaram uma leve elevação nas expectativas para a inflação do Brasil, ao apontar uma projeção de 5,51% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025, conforme o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira (3). Essa cifra representa uma leve alta em relação à previsão anterior de 5,5%, que já refletia um aumento significativo em comparação com as projeções de quatro semanas atrás, quando a expectativa era de 4,99%.

As estimativas para os anos posteriores também indicam um ajuste nas previsões de inflação. Para 2026, a expectativa subiu de 4,22% para 4,28%. Já para 2027 e 2028, as projeções indicam taxas de 3,9% e 3,74%, respectivamente.

Esse movimento ocorre em um contexto em que a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, posicionando o limite superior em 4,5%.

Crescimento econômico mantido

No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), o mercado financeiro mantém a previsão de crescimento em 2,06% para este ano, estabilidade se comparada à estimativa da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de um avanço de 2,02%. Para os anos seguintes, o boletim projeta um crescimento de 1,72% em 2026, seguido de 1,96% em 2027 e 2% em 2028.

Selic

A taxa Selic, que serve como ferramenta primária para o Banco Central na luta contra a inflação, permanece projetada em 15% para 2025. Para os anos subsequentes, as previsões estipulam uma Selic de 12,5% em 2026, 10,38% em 2027 e 10% em 2028. A Selic atualmente está fixada em 13,25% ao ano, após a quarta alta consecutiva em sua taxa, refletindo a crescente preocupação do governo com a inflação, a incerteza econômica global e o aumento recente do dólar.

impactos das altas da taxa de juros

A recente elevação da Selic, aprovada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi duramente criticada por representantes do setor público, como o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Com taxas de juros mais elevadas, o crédito se torna mais caro, o que pode desestimular a produção e o consumo e, por consequência, impactar negativamente o crescimento econômico.

Essa situação se desenha em um cenário onde o Brasil registrou, até o final de 2024, a criação de mais de 1,6 milhão de empregos formais.

Projeções de câmbio indicam estabilidade para os próximos anos

Por último, as projeções para o câmbio permanecem inalteradas, prevendo uma cotação de R$ 6 para 2024 e 2026. Para 2027, a expectativa é de uma leve redução para R$ 5,93, seguida de uma nova alta para R$ 6 em 2028. Essa estabilidade na cotação do dólar, em meio a um desempenho econômico volátil, requer atenção contínua dos órgãos responsáveis pela política monetária do país.

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