Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Desemprego atinge 5,4% em outubro, menor nível da série histórica

Taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4% em outubro, conforme pesquisa do IBGE, marcando o menor índice desde 2012.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cifra esteve abaixo das expectativas do mercado, que previam uma leve recuperação para 5,5%, e representa o menor percentual desde o início da série histórica em 2012.

Queda contínua e recorde histórico de empregabilidade

O resultado refletiu uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior, quando a taxa era de 5,6%. Na comparação anual, a redução foi de 0,7 ponto percentual, saindo de 6,2% em outubro de 2024. Além disso, a população desocupada atingiu 5,9 milhões de pessoas, o menor número já registrado na série do IBGE.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, destacou: “Quando observamos todos os trimestres móveis encerrados em outubro, essa taxa é a menor já registrada pela pesquisa. Também vemos que a população desocupada permanece abaixo dos patamares observados anteriormente.”

Mercado de trabalho e perfil dos ocupados

O número de pessoas ocupadas atingiu 102,6 milhões, mantendo estabilidade no trimestre e apresentando aumento de 926 mil em relação ao mesmo período de 2024. A taxa de ocupação, que considera pessoas empregadas dentro da população em idade de trabalhar, permaneceu em 58,8%, sem mudanças tanto na comparação trimestral quanto na anual.

Entre os principais destaques da pesquisa estão:

  • Taxa de subutilização: 13,9%
  • População fora da força de trabalho: 66,1 milhões
  • População desalentada: 2,6 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,2 milhões
  • Empregados sem carteira: 13,6 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,8 milhões

Estabilidade na formalização e avanços setoriais

O setor privado registrou 52,7 milhões de empregados, o maior número da série histórica, embora sem mudanças relevantes no trimestre ou no ano. Os trabalhadores com carteira assinada somaram 39,2 milhões, mantendo estabilidade no período e crescendo 2,4% na comparação anual — mais 927 mil pessoas. Trabalhadores sem carteira chegaram a 13,6 milhões, número estável no trimestre e 3,9% menor no ano.

No setor público, o contingente foi de 12,9 milhões, estável na comparação trimestral e 2,4% acima do registrado um ano antes, com aumento de 298 mil Pessoas. Quanto aos trabalhadores por conta própria, o volume atingiu 25,9 milhões, igualmente estável no trimestre, mas com alta de 3,1% no ano.

Dinâmica do mercado por setor de atividade

Na análise por segmentos, áreas como construção e serviços públicos continuaram apresentando crescimento na contratação. No trimestre, a construção cresceu 2,6%, com mais 192 mil pessoas empregadas. Serviços administrativos e de saúde aumentaram 1,3%, totalizando 252 mil novas vagas. Em contrapartida, atividades de “outros serviços” registraram decréscimo de 2,8%.

Na comparação anual, setores ligados ao transporte e às atividades públicas destacaram-se pelo crescimento: transporte cresceu 3,9%, com 223 mil contratos, e administração pública subiu 3,8%, com 711 mil pessoas incluídas. Já os segmentos de serviços diversos e trabalhos domésticos tiveram retrações de 3,6% e 5,7%, respectivamente.

Renda do trabalho resiste ao cenário de juros altos

Apesar da taxa de juros, representada pela Selic em 15% ao ano, estar em seu maior patamar em duas décadas, a renda do trabalho segue demonstrando resistência. O rendimento médio real habitual ficou em R$ 3.528 no período de outubro, e a massa de rendimento atingiu R$ 357,3 bilhões, um novo recorde, com estabilidade trimestral e aumento de 5% no ano.

Segundo Beringuy, essa estabilidade no rendimento é resultado da capacidade da economia de manter a demanda, mesmo com juros elevados. “Embora o crédito esteja mais caro, a renda firme continua estimulando o consumo, contribuindo para o fortalecimento do mercado de trabalho”, afirma.

Perspectivas para o mercado de trabalho

O IBGE indica que o contingente da força de trabalho — formado por pessoas ocupadas e desocupadas — ficou em 108,5 milhões, sem variações significativas na comparação trimestral e anual. A análise setorial aponta que a manutenção do emprego em áreas essenciais ajudou a sustentar esse cenário positivo.

A divulgação reforça a tendência de recuperação do mercado de trabalho no Brasil, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, refletindo uma continuidade na estabilidade dos empregos formais e uma melhora na qualidade da ocupação.

Para mais detalhes, acesse a notícia completa.

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