A dívida pública federal (DPF) registrou crescimento de 1,62% em outubro, atingindo R$ 8,253 trilhões, conforme divulgado nesta quinta-feira (27/11) pelo Tesouro Nacional. O aumento reflete a apropriação positiva de juros, de R$ 85,23 bilhões, e emissão líquida no valor de R$ 41,38 bilhões.
Entenda a dívida pública federal
- A dívida pública federal é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo, quando as despesas superam as receitas.
- Ela pode ser classificada pelo modo de endividamento e pela moeda utilizada nos fluxos de pagamento.
- A emissão líquida é a diferença entre títulos emitidos e títulos resgatados pelo governo federal.
- A apropriação positiva de juros ocorre quando o retorno obtido com os investimentos em títulos supera os juros pagos aos detentores da dívida.
- Em 2024, o estoque da dívida pública somou R$ 7,3 trilhões, dentro do previsto no Plano Anual de Financiamento de então.
No entanto, com a variação registrada em outubro, o estoque da DPF saiu dos limites planejados para 2025, projetando-se entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões ao fim do ano.
Composição e prazos da dívida
O prazo médio da dívida diminuiu de 4,16 anos, em setembro, para 4,14 anos, em outubro, permanecendo no limite superior do intervalo estipulado pelo Plano Anual de Financiamento de 2025 (entre 3,8 e 4,2 anos).
Distribuição por tipos de títulos
Quase metade da dívida está ligada à taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Em outubro, a composição ficou assim:
Taxa Flutuante (Selic): 48,19%;
Índices de Preços (IPCA): 26,68%;
Prefixados: 21,44%;
Câmbio: 3,68%.
Os maiores detentores da dívida continuam sendo as instituições financeiras, com estoque de R$ 2,55 trilhões, representando 32,21% da DPF. A participação da Previdência Social caiu marginalmente para 22,97%, mantendo o estoque em R$ 1,8 trilhão.
Colchão de liquidez e perspectivas futuras
A reserva de liquidez para pagamento da dívida aumentou em outubro, incluindo recursos na Conta Única do Tesouro Nacional e no Banco Central. Este ‘colchão’ oferece maior segurança para o pagamento dos títulos.
Em atualização.
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