Em outubro, o Brasil criou 85.147 vagas formais, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado ficou abaixo das projeções do mercado, que estimavam um saldo próximo de 120 mil postos. Este é o pior desempenho para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged.
Dados do Caged revelam queda significativa no saldo de empregos
No mês de setembro, o país registrou 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos, resultando em um saldo de 85.147 vagas. Em comparação com outubro de 2024, quando houve a criação de 213.002 empregos, a diferença representa uma queda de 35,3% no saldo de vagas.
O acumulado de novembro de 2024 a outubro de 2025 aponta a criação de 1.351.832 vagas, valor inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, com 1.796.543. Quando considerado o período de janeiro a outubro, o saldo é de 1.800.650 postos de trabalho criados.
Setores com maiores e menores saldos
Segundo os dados do Caged, apenas dois setores apresentaram saldo positivo em outubro: serviços, com a criação de 82.436 postos, e comércio, com 25.592 vagas. Já a indústria registrou o maior saldo negativo, com a perda de 10.092 empregos. Agropecuária e construção civil também fecharam o mês com saldo negativo de 9.917 e 2.875 postos, respectivamente.
Salário médio de admissão revela leve aumento
O salário médio dos novos empregos formais em outubro foi de R$ 2.304,31, um aumento de R$ 17,28 (+0,8%) em relação a setembro, quando o valor foi de R$ 2.287,02. Na comparação com outubro de 2024, houve um ganho real de R$ 54,45 (+2,4%), indicando melhora na remuneração dos trabalhadores formalizados.
Os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) são considerados um importante termômetro do mercado de trabalho brasileiro e orientam a formulação de políticas públicas voltadas ao emprego.
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