Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Dólar sobe diante de incertezas e mercado internacional

O dólar iniciou a quinta-feira (27) em leve alta, influenciado pelo cenário externo, dados econômicos e principais decisões do mercado

O dólar começou a quinta-feira (27) em leve alta, avançando 0,09% às 9h02, para R$ 5,3395, enquanto o Ibovespa abre às 10h em ritmo mais lento devido ao feriado nos Estados Unidos e à agenda doméstica repleta de dados econômicos e decisões do Banco Central.

Fatores internacionais e a influência no mercado de câmbio

O mercado internacional encontra-se mais cauteloso devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA, que reduz as operações nas bolsas de Nova York e impacta o ritmo de negociações globais. Com as bolsas fechadas, as apostas estão voltadas às sinalizações do Federal Reserve e às perspectivas de corte de juros em 2025, o que costuma favorecer a entrada de investidores estrangeiros na bolsa brasileira.

Cenário externo e os riscos para o dólar

Dados recentes dos Estados Unidos, como o relatório de empregos (payroll) e o Livro Bege do Fed, indicaram uma atividade econômica moderada, o que reforça a expectativa de que o Federal Reserve pode optar por manter ou reduzir as atuais taxas de juros na próxima reunião, marcada para dezembro. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,67%, impulsionado pelo otimismo em relação às possibilidades de cortes de juros.

Mercado interno e expectativas para o câmbio

No Brasil, o mercado acompanha também a divulgação do índice de inflação IPCA-15, que subiu 0,20% em novembro, apoiado principalmente pelo aumento de despesas pessoais e de cuidados com a saúde. Apesar de um quadro positivo na inflação, o Banco Central ainda sinaliza a possibilidade de manter a taxa básica de juros (Selic) elevada, conforme indicou o presidente da instituição, Gabriel Galípolo.

Agenda de decisões e indicadores importantes

A atenção do mercado está voltada para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quarta-feira, que ocorre logo após a liquidação do Banco Master e com participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de forma remota. A decisão do BC pode indicar como o órgão pretende atuar na condução da política monetária diante dos desafios fiscais e inflacionários atuais.

Contexto fiscal e medidas do governo

O Tesouro Nacional anunciou um superávit primário de R$ 36,5 bilhões em outubro, resultado considerado positivo, mas ainda distante da meta fiscal de zerar o déficit neste ano. As avaliações do governo incluem reformas e projetos, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, que será sancionada nesta quarta-feira pelo presidente Lula, e que pode beneficiar quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026.

Influência dos mercados globais

Além do cenário doméstico, os mercados internacionais demonstram otimismo na abertura do pregão global. Em Nova York, os principais índices fecharam em alta, apoiados na expectativa de cortes de juros pelo Fed, enquanto na Europa o clima também foi positivo, refletindo o avanço das ações de tecnologia e as boas perspectivas econômicas na região.

Perspectivas para o câmbio e os investidores

Na manhã desta quarta-feira, o dólar opera cotado acima de R$ 6,00 no mercado à vista, ampliando os ganhos frente ao real pelo quarto pregão consecutivo diante do aumento das tensões na guerra comercial entre Estados Unidos e China. A oscilação reflete ainda a influência de fatores internos, como a política fiscal e as decisões do Banco Central.

Segundo analistas, o cenário de incertezas internacionais, aliado ao esperado fortalecimento do dólar diante do cenário externo, pode sustentar a cotação da moeda americana nas próximas semanas. Contudo, o mercado permanece atento às sinalizações do Fed e às decisões de política monetária do Brasil.

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