Teresina, 31 de janeiro de 2025
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Lula exonera 10 ministros para participarem das eleições no Congresso

A exoneração foi feita “a pedido”, ou seja, a saída foi solicitada pelos próprios ministros, como exige o protocolo. Esse procedimento é comum em momentos de eleição no Legislativo.
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Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou dez ministros que possuem mandatos parlamentares para que possam participar das eleições das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, que ocorrem neste sábado (1º de fevereiro). A decisão, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (31 de janeiro), tem efeito imediato, mas os ministros devem retornar aos seus cargos na próxima semana.

A movimentação faz parte da estratégia do governo para fortalecer sua base no Congresso e garantir apoio aos candidatos favoritos às presidências das Casas legislativas. Hugo Motta (Republicanos-PB) desponta como o principal nome para assumir a presidência da Câmara, enquanto Davi Alcolumbre (União-AP) é apontado como favorito para comandar o Senado Federal pelos próximos dois anos.

Ministros exonerados temporariamente

Os ministros exonerados são aqueles que ainda possuem mandatos como deputados federais ou senadores e que, portanto, têm direito a voto na eleição do Congresso. São eles:

Senadores exonerados:

  • Carlos Fávaro (PSD-MT) – Ministro da Agricultura
  • Wellington Dias (PT-PI) – Ministro do Desenvolvimento Social
  • Camilo Santana (PT-CE) – Ministro da Educação
Wellington Dias
Wellington Dias, um dos ministros exonerados, retorna ao Senado.

Deputados exonerados:

  • Alexandre Padilha (PT-SP) – Ministro das Relações Institucionais
  • Juscelino Filho (União-MA) – Ministro das Comunicações
  • Paulo Teixeira (PT-SP) – Ministro do Desenvolvimento Agrário
  • André Fufuca (PP-MA) – Ministro dos Esportes
  • Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) – Ministro de Portos e Aeroportos
  • Celso Sabino (União-PA) – Ministro do Turismo
  • Luiz Marinho (PT-SP) – Ministro do Trabalho

A exoneração foi feita “a pedido”, ou seja, a saída foi solicitada pelos próprios ministros, como exige o protocolo. Esse procedimento é comum em momentos de eleição no Legislativo e tem o objetivo de permitir que parlamentares ocupantes de cargos no Executivo possam votar nas disputas.

Três ministros parlamentares não foram exonerados

Apesar da exoneração em massa, três ministros que também possuem mandatos no Congresso não foram liberados para a votação:

  • Marina Silva (Rede-AC) – Ministra do Meio Ambiente e deputada federal
  • Sônia Guajajara (PSOL-SP) – Ministra dos Povos Indígenas e deputada federal
  • Renan Filho (MDB-AL) – Ministro dos Transportes e senador

O motivo da permanência desses ministros no cargo não foi oficialmente detalhado pelo governo, mas especula-se que Marina Silva e Sônia Guajajara, que representam pautas ambientais e indígenas, não teriam um alinhamento claro com os principais candidatos às presidências das Casas. Já Renan Filho, apesar de senador, não foi exonerado por questões estratégicas dentro do MDB.

Importância da eleição para o governo Lula

As eleições para a Câmara e o Senado são fundamentais para a governabilidade do terceiro mandato de Lula, pois os presidentes das duas Casas controlam a pauta legislativa, podendo facilitar ou dificultar o andamento de projetos do Executivo.

A escolha de aliados para os cargos fortalece a base governista e pode garantir um ambiente político mais favorável para aprovar propostas importantes, como a reforma tributária e a meta de déficit zero. Com a estratégia de liberar ministros para votar, Lula reforça seu compromisso em consolidar apoio no Congresso e minimizar riscos de embates políticos nos próximos dois anos.

Os ministros devem reassumir suas funções já na próxima semana, após o desfecho das eleições no Legislativo.

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