Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Comef afirma que liquidação do Banco Master não representa risco ao sistema financeiro

Comitê de Estabilidade Financeira reforça que, apesar da crise no banco, o sistema financeiro brasileiro permanece resiliente

O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) divulgou nesta quarta-feira (26) que a liquidação extrajudicial do Banco Master S.A., decretada pelo Banco Central na semana passada, não oferece risco sistêmico ao Sistema Financeiro Nacional (SFN). Segundo o órgão, o conglomerado tem porte modesto e sua influência é extremamente limitada na economia do país.

Comef tranquiliza sobre risco sistêmico

Na ata da 63ª reunião do Comitê, o Comef afirma que o Banco Master representa apenas 0,57% do ativo total e 0,55% das captações do SFN, sendo classificado no segmento S3 da regulação prudencial. “O caso não possui potencial para gerar instabilidade sistêmica”, destaca o documento. A intervenção do Banco Central ocorreu devido a uma grave crise de liquidez e a violações às normas bancárias pelo grupo.

Medidas para garantir estabilidade e funcionamento regular

O Comitê também ressaltou que o Regime de Administração Especial Temporária (RAET) imposto ao Banco Master Múltiplo S.A. visa assegurar o funcionamento regular da controlada Will Financeira S.A. CFI, enquanto negociações acontecem para preservar a atividade da instituição. “A decretação do RAET permite que a controlada opere normalmente durante o processo de resolução”, informa a ata.

Alerta para riscos tecnológicos crescentes

O documento destaca preocupações crescentes com os riscos tecnológicos no setor financeiro, mesmo com a valorização da digitalização na inclusão financeira. O Comef alerta que, apesar das melhorias regulatórias recentes, instituições financeiras precisam aprimorar seus sistemas de gerenciamento de riscos, principalmente no combate a ataques cibernéticos. Entre as vulnerabilidades apontadas estão a dependência de serviços de terceiros, uso de APIs sem avaliação periódica, monitoramento operacional deficiente e dificuldades na gestão de incidentes e fraudes.

Necessidade de ecossistemas resilientes

Para mitigar esses riscos, o Comitê defende o desenvolvimento de ecossistemas financeiros mais resilientes, com mecanismos robustos de resposta a incidentes, gestão de crises e reforço na prevenção a fraudes. “A melhora na segurança cibernética é essencial para proteger a estabilidade do sistema financeiro”, reforça o documento.

Normas recentes reforçam segurança do sistema financeiro

A ata também celebra as mudanças regulatórias recentes, que reforçam a segurança e a robustez do setor. Entre elas, estão a regulamentação de serviços de ativos virtuais, regras para encerramento de contas consideradas vulneráveis, exigências financeiras mais rígidas para instituições supervisionadas e novos padrões de governança para provedores de serviços de tecnologia da informação (PSTI). Estas ações buscam reduzir fragilidades e fortalecer a resiliência do sistema.

Confiança e ética como pilares da estabilidade financeira

Por fim, o Comef reforçou que fatores como confiança, reputação e comportamento ético de instituições financeiras, controladores e dirigentes são fundamentais para a sustentabilidade do sistema financeiro. A supervisão do Banco Central é conduzida com rigor técnico e colaboração com outras autoridades, sempre visando à estabilidade e integridade do setor.

Segundo o documento, “o Comitê está atento à evolução do cenário econômico doméstico e internacional, pronto para agir para evitar contaminações que possam comprometer os ativos e a estabilidade financeira brasileira”.

Fonte: O Globo

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