Teresina, 31 de janeiro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.

Dólar oscila, mas deve fechar em baixa com cenário global incerto e decisões de juros no Brasil e nos EUA

Cotação do dólar

São Paulo – O dólar oscila, mas deve fechar em queda nesta quinta-feira (30), impulsionado pela expectativa de uma política monetária mais rígida nos Estados Unidos e pela recente elevação da taxa Selic no Brasil. O mercado financeiro global reage às decisões do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil (BC), que mantiveram suas diretrizes monetárias sem surpresas, mas indicaram possíveis desafios à frente.

Decisão do Federal Reserve reforça cautela

Nos Estados Unidos, o Federal Open Market Committee (Fomc) decidiu manter as taxas de juros inalteradas, entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar da estabilidade, um detalhe no comunicado do Fed chamou a atenção dos investidores: a instituição removeu a afirmação de que a inflação estava convergindo para a meta de 2%. Isso gerou preocupações de que o banco central americano pode demorar mais do que o esperado para iniciar cortes na taxa de juros.

A perspectiva de juros mais elevados por um período prolongado nos EUA atrai investidores para ativos mais seguros, como os títulos públicos americanos (Treasuries), aumentando a valorização do dólar no mercado internacional. Essa dinâmica pressiona moedas de países emergentes, como o real, e influencia os mercados globais.

Copom eleva a Selic, mas efeito sobre o câmbio é limitado

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que agora chega a 13,25% ao ano. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, diante do cenário inflacionário e das diretrizes do Banco Central para conter pressões sobre os preços.

O aumento da Selic tende a atrair investidores estrangeiros para o Brasil, em busca de rendimentos mais altos no mercado de renda fixa. No entanto, o impacto dessa alta foi limitado diante do fortalecimento global do dólar e das incertezas sobre o crescimento econômico nos EUA.

Mercado acompanha indicadores econômicos

Além do cenário de juros, o mercado também reage à divulgação de novos dados econômicos no Brasil e no exterior.

  • No Brasil: O Ministério do Trabalho divulgou que o país gerou 1,69 milhão de empregos com carteira assinada em 2024, um crescimento de 16,5% em relação a 2023. O resultado indica uma retomada na criação de empregos formais após dois anos de desaceleração.
  • Nos Estados Unidos: O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre cresceu 2,3%, abaixo das expectativas do mercado e inferior aos 3,1% registrados no trimestre anterior. O dado reforça sinais de desaceleração da economia americana, o que pode influenciar as próximas decisões do Fed sobre juros.

Ibovespa reage com leve alta

Na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa opera em alta, refletindo a reação dos investidores aos números do emprego e do PIB, além das expectativas sobre a política monetária global. A B3 acompanha o otimismo do mercado interno com a recuperação da geração de empregos e a continuidade do ciclo de ajustes na Selic.

O dólar, nesse contexto, pode pressionar os preços no Brasil e influenciar as próximas decisões do BC. O cenário externo segue como principal fator de incerteza para os mercados emergentes, especialmente diante das oscilações na economia americana e das políticas do Fed.

A volatilidade deve continuar marcando o mercado de câmbio e os investimentos internacionais nas próximas semanas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes

Notícias

Institucional

Para você