O padre nigeriano Mathias Ashinnoitian Adugba afirmou que é fundamental combater a impunidade e responsabilizar os autores dos assassinatos de cristãos e muçulmanos na Nigéria, diante do aumento de relatos de perseguição e violência religiosa no país. Ele conversou com a reportagem de EWTN News na última semana.
Raízes profundas da violência religiosa na NigériaEm entrevista exclusiva, Adugba disse que é preciso expor as origens do conflito multifacetado que assola a Nigéria antes de buscar justiça para as vítimas. “Precisamos questionar quem financia esse problema, pois isso não é uma calamidade natural, mas uma crise humana”, afirmou.
A violência, agravada pelo terrorismo e fatores econômicos, tem provocado muitas mortes de cristãos e muçulmanos, aumentando o sentimento de impotência entre os cidadãos. O padre reforçou a necessidade de uma ação conjunta para mudar essa realidade.
Na semana passada, o Papa Leo XIV expressou preocupação pública ao dizer que “cristãos e muçulmanos têm sido massacrados” na Nigéria devido ao conflito agravado por fatores políticos e econômicos. Ele destacou a importância de promover uma verdadeira liberdade religiosa no país.
Segundo Adugba, a instabilidade política tem deixado os nigerianos desamparados, com notícias frequentes de ataques, sequestros e homicídios no norte do nação. “É necessário que nossos líderes e instituições sejam responsabilizados”, ele destacou.
A luta por justiça e o fortalecimento da féO sacerdote recorda sua experiência ao morar em um seminário em Jos, cidade do centro-norte do país, onde testemunhou cenas de sangue e violência contra cristãos durante sua formação sacerdotal. “Vimos pessoas sendo queimadas vivas. Essa perseguição fortaleceu nossa fé”, afirmou.
Para Adugba, a perseguição histórica tem servido de catalisador para a resistência e a esperança dos fiéis. “O sangue dos mártires é semente da Igreja”, afirmou, ressaltando que essa trajetória de sacrifício ajuda a consolidar a fé dos cristãos na Nigéria.
Perspectivas e próximos passosO padre concluiu que é urgente estabelecer um sistema de justiça que puna efetivamente aqueles responsáveis pelas matanças. “Se não podemos responsabilizar esses indivíduos e seus patrocinadores, o problema persistirá”, frisou.
Ele disse ainda que é necessário aumentar a conscientização internacional e pressionar o governo nigeriano para que ações concretas sejam tomadas no combate à impunidade e na defesa da liberdade religiosa. A esperança é que, com mais transparência e responsabilidade, a violência possa diminuir e a paz seja restabelecida.
Para saber mais, acesse a reportagem completa no site da Catholic News Agency.


