O Instituto Trata Brasil (ITB) divulgou, nesta segunda-feira (24), o “Estudo de Perdas de Água 2025”, que aponta que o Brasil desperdiça 40,31% da água tratada em sua rede de abastecimento. Essa quantidade equivale a aproximadamente 5,8 bilhões de metros cúbicos por ano, um volume que poderia abastecer cerca de 50 milhões de pessoas, acima do número de brasileiros sem acesso à água potável.
Por que há perdas na rede de abastecimento?
Segundo o estudo, as perdas acontecem por diversos motivos, como vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. Esses desperdícios prejudicam o meio ambiente, elevam os custos do abastecimento e reduzem a eficiência do sistema de saneamento básico, que atualmente apresenta um nível máximo aceitável de 25% de perdas, conforme estabelecido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Potencial de redução das perdas e ganhos econômicos
Para avaliar os benefícios da diminuição dessas perdas, a pesquisa projeta três cenários até 2034: otimista, realista e pessimista. No cenário realista, que prevê a redução do índice de perdas para 25%, o potencial de ganhos brutos seria de R$ 34,6 bilhões até 2034, com um benefício líquido de aproximadamente R$ 17,3 bilhões, considerando os investimentos necessários.
“Eventos climáticos extremos, como secas intensas e alterações nas chuvas, agravaram a crise hídrica no Brasil. Investir na redução de perdas e na modernização da infraestrutura hídrica não é mais uma opção, mas uma necessidade urgente”, destacou Luana Pretto, presidente executiva do Trata Brasil.
Impactos ambientais e desafios futuros
A escassez de água causada por perdas na distribuição agrava a vulnerabilidade do país diante das mudanças climáticas, que têm prejudicado rios e reservatórios. O estudo reforça a importância de ações efetivas para evitar que o desperdício continue impedindo o abastecimento de milhões de brasileiros.
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