Brasil, 25 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Correios buscam até R$ 20 bilhões em empréstimo para reequilibrar as contas

Empresa tenta garantir pelo menos R$ 10 bilhões com bancos até esta terça-feira para pagar dívidas e sustentar planos de reestruturação

Os Correios estão empenhados em receber propostas de empréstimo de até R$ 20 bilhões até esta terça-feira. A estatal busca ao menos R$ 10 bilhões no curto prazo para reequilibrar suas finanças, pagar dívidas atrasadas e implementar um plano de reestruturação para garantir sua sustentabilidade.

Negociações com bancos e dificuldades na taxa de juros

Na primeira rodada de negociações, realizada na semana passada, os bancos ofereceram taxas de juros consideradas elevadas pela empresa, que busca uma operação avaliada pelo governo como prioridade. A proposta inicial chegou a 136% do CDI, acima do limite usual de 120%. Participaram dessa rodada BTG Pactual, Citibank, ABC Brasil e Banco do Brasil, segundo fontes próximas às negociações.

Segunda tentativa e aumento do número de instituições envolvidas

Para ampliar as opções de financiamento e tentar reduzir os custos, os Correios fizeram uma nova tentativa, reduzindo a meta financeira e incluindo mais bancos no processo. A estratégia visa aumentar a concorrência e obter condições melhores para o empréstimo, essencial para evitar prejuízos maiores no futuro.

Impactos econômicos e consequências da crise

Sem um plano de reestruturação, as estimativas internas revelam um prejuízo de até R$ 23 bilhões em 2026, com um rombo de R$ 10 bilhões neste ano. A crise financeira é resultado da queda de receitas, aumento de custos, além da perda de espaço no mercado de encomendas, que caiu de 51% para 25%. Com a implementação do plano, os Correios projetam redução do déficit em 2026 e retorno à lucratividade em 2027.

Preocupação do governo e cenário fiscal

A situação da estatal preocupa a equipe econômica. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que os problemas são graves e que há risco de impacto ainda maior nas contas públicas em 2026. Além do prejuízo operacional, a projeção do déficit das empresas públicas subiu de R$ 5,5 bilhões para R$ 9,2 bilhões neste ano, acima da meta definida pelo governo, que é de R$ 6,2 bilhões, resultando em uma necessidade de compensação de R$ 3 bilhões no Orçamento da União.

Próximos passos

O prazo para apresentação das propostas pelos bancos termina nesta terça-feira, e as negociações continuam como prioridade para evitar uma crise fiscal mais grave e garantir a continuidade da reestruturação dos Correios.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes