Brasil, 25 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Desvendando cinco mitos sobre a doação de sangue

Entenda a importância da doação e esclareça mitos que afastam doadores em época crítica

No Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, a situação dos estoques nos hemocentros do Brasil se torna ainda mais crítica. Com diversos feriados e férias, as doações diminuem, mesmo com a alta demanda hospitalar. Um estudo do Ministério da Saúde mostra que apenas 1,4% a 1,8% da população brasileira realiza doações regulares. Embora esse índice esteja dentro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ele ainda é insuficiente. Em Ribeirão Preto, por exemplo, o GSH Banco de Sangue recebe entre 900 e 1.000 doações mensais, um número aquém do necessário.

Cenário atual das doações de sangue

A captadora de doadores Micheli Caligioni notou uma queda expressiva nas doações nas últimas semanas. Para ela, muitos potenciais doadores simplesmente se esquecem ou não encontram tempo para isso. “Precisamos de pelo menos 50 coletas diárias, mas em meses mais fracos, como agora, estamos fazendo apenas de 20 a 25 coletas por dia,” afirma Micheli.

A escassez de doações é agravada pela desinformação e por mitos que cercam o processo de doação, o que gera receio em muitos voluntários. Para desmistificar essas crenças, o g1 reuniu cinco mitos comuns sobre a doação de sangue.

1. Tatuagem e piercing impedem a doação?

Essa é uma afirmação falsa. Tatuagens ou piercings não barram o doador, mas existe um intervalo de segurança que varia de seis meses a um ano, dependendo das condições do estúdio onde foram feitos os procedimentos. “Muitas pessoas chegam com medo achando que nunca mais poderão doar após tatuar. Na verdade, é só respeitar o período de segurança,” explica Micheli.

2. Quem teve Covid, dengue ou gripe não pode mais doar sangue?

Outro mito que precisa ser derrubado. Essas doenças só impedem temporariamente a doação. Após a recuperação, o prazo para quem teve Covid, influenza ou H1N1 é de 10 dias, enquanto para dengue, o intervalo é de 30 dias. Pacientes que enfrentaram casos graves precisam esperar um ano, mas essa é a minoria.

3. Doar sangue engorda ou emagrece?

Esse é um dos mitos mais absurdos. A doação de 450 ml de sangue não altera o peso do doador. O corpo rapidamente repõe esse volume, principalmente se o indivíduo está bem hidratado e alimentado. “A balança pode marcar alguma diferença momentânea devido à desidratação, mas essa é uma alteração temporária,” enfatiza Micheli.

4. Doar sangue deixa a pessoa fraca?

Não, isso é um equívoco. Um adulto tem entre 4 a 6 litros de sangue, e a coleta de 450 ml não compromete a saúde. O que pode causar desconforto, como tontura, geralmente está relacionado a cuidados prévios, como hidratação e alimentação. “O corpo compensa rapidamente a doação, e a maioria das pessoas volta à rotina normal logo em seguida,” afirma Micheli.

5. Existe risco de contaminação durante a doação?

Esse é um dos mitos mais infundados. As coletas são feitas com materiais estéreis, descartáveis e lacrados, que são abertos na presença do doador. “Assim, é possível garantir que não há risco de contrair doenças,” explica a especialista.

Como saber se estou apto a doar?

Para ser um doador de sangue, é necessário estar em boas condições de saúde, bem alimentado e hidratado. Sintomas como gripe ou crises alérgicas exigem uma pausa de pelo menos 7 dias após a melhora. A utilização de medicações comuns, como as para colesterol e pressão, não é uma barreira, mas o uso de insulina impede a doação.

As recomendações para a doação são as seguintes:

  • Mulheres: podem doar a cada 90 dias, até 3 vezes por ano;
  • Homens: a cada 60 dias, até 4 vezes por ano.

A doação de uma única bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pacientes após o fracionamento em diferentes componentes, demonstrando a importância desse gesto.

Informações sobre os hemocentros

  • GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto: Rua Quintino Bocaiúva, 975, Vila Seixas. Telefone: (16) 3977-5900.
  • Hemocentro de Ribeirão Preto: Rua Tenente Catão Roxo, 2501, Monte Alegre. Telefone: (16) 2101-9300.
  • Banco de Sangue de Franca: Avenida Dr. Hélio Palermo, 4181, Recanto do Itambé. Telefone: (16) 3402-5000.
  • Banco de Sangue de Sertãozinho: Rua Epitácio Pessoa, 1401, Centro. Telefone: (16) 3942-3404.
  • Hemonúcleo do Hospital de Amor de Barretos: Rua Antenor Duarte Vilela, 1331, Dr. Paulo Prata. Telefone: (17) 3321-6600.

Não deixe de contribuir e salvar vidas. A doação de sangue é um ato de amor e cidadania que todos podem praticar.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes