Desde fevereiro de 2022, a Rússia está afastada das competições internacionais de futebol devido à sua invasão da Ucrânia e, agora, decidiu desafiar a FIFA com planos de organizar seu próprio Mundial em 2026. De acordo com informações da imprensa europeia, a seleção russa já está em contato com equipes de diversos países, como Sérvia, Grécia, Camarões, Chile, China, Nigéria, Peru e Venezuela, que também não estão classificados para a Copa do Mundo promovida pela FIFA, que ocorrerá nos Estados Unidos, México e Canadá.
A ideia por trás do torneio paralelo
O objetivo da federação russa com a realização desse torneio é pressionar a FIFA a reconsiderar seu banimento do futebol internacional, visando um retorno o mais breve possível às competições. A competição paralela está planejada para ser realizada entre junho e julho, coincidindo com a Copa do Mundo da FIFA na América do Norte. Isso gera um cenário intrigante no mundo do futebol, levantando questões sobre a legitimidade e o impacto de um torneio alternativo.
Um histórico de competições alternativas
Este não é o primeiro episódio em que a Rússia tenta criar uma competição alternativa para contornar sanções internacionais. Durante a época da antiga União Soviética, quando não participava dos Jogos Olímpicos, os russos organizaram a chamada Espartaquíadas. Em 1984, os atletas soviéticos boicotaram os Jogos Olímpicos realizados em Los Angeles e promoveram os Jogos da Amizade, uma competição alternativa realizada em paralelo com os Jogos Olímpicos.
A escolha de realizar um torneio paralelo novamente revela um padrão de resistência das autoridades russas em situações de isolamento esportivo. O esforço para organizar um Mundial alternativo pode ser visto como uma tentativa de reafirmar a presença da Rússia no cenário esportivo internacional, apesar das sanções e do afastamento devido a ações políticas.
Última participação da Rússia na Copa do Mundo
A última vez que a Rússia participou da Copa do Mundo foi em 2018, quando sediou a competição e impressionou ao avançar até as quartas de final, após derrotar a Espanha nas oitavas. Naquela edição, a seleção anfitriã ficou em segundo lugar em seu grupo, atrás apenas do Uruguai, e enfrentou equipes como a Arábia Saudita e o Egito.
Agora, com a proibição vigente e uma nova administração no futebol mundial após a Copa de 2018, a Rússia busca formas de continuar competindo em alto nível. A equipe nacional, que perdeu a chance de continuar a brilhar nas competições internacionais, pode encontrar nas novas parcerias e convites a esperança de reconquistar seu espaço no cenário mundial.
Enquanto isso, o mundo do futebol observa com expectativa essa movimentação. As reações em relação à criação de um torneio paralelo podem afetar o futuro das competições internacionais e a maneira como as seleções lidam com questões políticas. O cenário se torna ainda mais dinâmico, com a FIFA e outras federações enfrentando desafios sobre reconhecimento, legitimidade e moralidade nas competições esportivas.
Conclusão
O planejamento da Rússia para criar sua própria Copa do Mundo paralela em 2026 certamente marcará um capítulo significativo na história recente do esporte. À medida que se aproxima a data do torneio, as reações internacionais e a luta por reconhecimento farão parte do debate sobre o futuro do futebol e a relação entre política e esportes. Somente o tempo dirá como essa iniciativa da Rússia se desenrolará e qual será sua repercussão no mundo do futebol.

