A COP30, realizada em Belém, foi um marco significativo que reuniu representantes de diversas comunidades, incluindo a Igreja Católica, sob a liderança do cardeal Jaime Spengler. Em sua reflexão sobre os dias vividos na capital paraense, Spengler enfatizou o papel vital da Igreja na luta pela preservação da Casa Comum, um tema central nos debates sobre o aquecimento global.
A presença da Igreja Católica na COP30
O cardeal Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), destacou que a participação da Igreja na COP30 não se limitou aos dias do evento. O envolvimento é parte de um processo contínuo que ocorre em nível nacional, continental e global. Ele citou a Carta do Sul Global, um documento que simboliza o compromisso da Igreja com a proteção ambiental, reconhecido e promovido por diversas partes interessadas além do Sul Global.
A reflexão do cardeal tocou na urgência de abordar o aquecimento global não apenas por meio de soluções temporárias, mas como parte de uma transformação profunda e necessária nas estruturas sociais e econômicas que dominam atualmente. “A questão do aquecimento global com suas consequências e desdobramentos não pode ser reduzida à busca de respostas parciais e urgentes”, afirmou Spengler.
Baixando o olhar sobre as mudanças climáticas
De acordo com o cardeal, é essencial desenvolver uma nova forma de pensar, indo além do modelo econômico atual. Ele enfatiza a importância de políticas públicas, programas educativos e uma espiritualidade que sustente as ações a serem adotadas. “A necessidade de promover uma ecologia integral pressupõe, sim, conversão!”, continuou Spengler, afirmando a relevância da espiritualidade na luta climática.
A tradição cristã e católica, segundo ele, possui um patrimônio valioso que pode orientar a espiritualidade necessária para promover a Ecologia Integral. “A dignidade da criação deve ser sempre lembrada”, disse, mencionando a importância do diálogo nas comunidades de fé sobre questões ambientais. Ele ufanamente concluiu que é responsabilidade de todos os batizados trabalhar para garantir um futuro melhor para as próximas gerações, seguindo os passos de Cristo.
A união de diversas vozes na COP30
Os dias da COP30 em Belém trouxeram uma rica diversidade de vozes, incluindo povos indígenas, quilombolas, cientistas, e outros formadores de opinião. Spengler ressaltou que a implementação de ações efetivas para mitigar o aquecimento global requer pessoas guiadas por princípios humanistas, não por interesses egoístas. “Precisamos de estadistas”, insistiu o cardeal, enfatizando que o compromisso com soluções efetivas deve ser maior que o apego ao poder ou ao lucro.
Ele alertou para a necessidade urgente de promover ética e esperança na sociedade, especialmente em tempos onde os desafios da mudança climática se tornam cada vez mais relevantes. “Os desafios que a humanidade tem diante de si são enormes! Não há lugar para ideologias estranhas ao que está exigindo o melhor de todos!”, declarou Spengler, transmitindo uma mensagem de união e cooperação para o bem comum.
A esperança por uma Ecologia Integral
Spengler concluiu sua reflexão expressando otimismo sobre a capacidade das pessoas de enfrentar os desafios ambientais. Sentir a energia e o desejo de mudança durante a COP30 foi, para ele, um sinal encorajador. “Oxalá, não nos falte coragem, discernimento, determinação para construir caminhos para a promoção de uma autêntica Ecologia Integral!”, finalizou, pedindo união em prol de um futuro sustentável.
Com esta reflexão, o cardeal Jaime Spengler não apenas destacou a presença da Igreja na luta pela preservação ambiental, mas também clama por uma reforma interna das estruturas que moldam a sociedade, enfatizando a necessidade de um olhar mais sensível e conectado à realidade vivida nos dias atuais.
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