Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Negociações finais da COP30 sob risco por divergências sobre combustíveis fósseis

A disputa entre países ricos e em desenvolvimento sobre o fim dos combustíveis fósseis ameaça o acordo final da COP30, que pode não sair do papel.

As horas finais da COP30 em Belém (PA) estão marcadas por intensas disputas diplomáticas, com posições divergentes sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis. A proposta, considerada fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, foi removida do primeiro rascunho do texto final, devido à forte resistência de países produtores de petróleo e nações dependentes de combustíveis fósseis.

Resistência de países petrolíferos e grupos de desenvolvimento

Países árabes e o grupo LMDC, composto por nações como China, Índia, Venezuela, entre outras, defendem a manutenção do uso de combustíveis fósseis, alegando inviabilidade financeira para uma transição rápida. Esses países cobram ajuda financeira dos países ricos para implementar mudanças na matriz energética.

Segundo fontes da conferência, a pressão desses países foi suficiente para que o “Mapa do Caminho”, uma das propostas do governo brasileiro para a transição, não fosse mencionado no texto inicial. Uma forte reação de cerca de 30 nações ameaça bloquear o acordo caso a questão dos fósseis não seja reincluída no documento.

Impacto na participação de países desenvolvidos

Com a retirada do tema dos combustíveis fósseis do texto, o apoio de países como integrantes da União Europeia fica comprometido. O financiamento para ações de combate às mudanças climáticas, considerado o ponto central da discussão pela ONU, pode ficar ameaçado devido às divergências financeiras.

Desafios para o consenso na conferência

O documento final precisa de aprovação unânime, o que torna as negociações particularmente delicadas neste momento. Os países que têm recursos financeiros ameaçam não financiar o combate às mudanças climáticas sem garantias, enquanto os que dependem de ajuda afirmam que sem apoio, a transição é inviável.

Segundo especialistas, sem uma negociação que inclua ambos os lados, há o risco de a COP30 encerrar sem um acordo concreto. Essa indefinição pode atrasar ações globais e prejudicar esforços internacionais de mitigação do clima.

O desfecho da conferência dependerá da habilidade diplomática do Brasil e de outros líderes para encontrar um equilíbrio entre interesses econômicos e ambientais em jogo.

Para entender melhor os bastidores das negociações, acesse a matéria completa.

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