Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Aumento de trabalhadores com ensino superior no Brasil chega a 23,4%

A proporção de trabalhadores com ensino superior no Brasil cresceu de 16,6% para 23,4% em dez anos, segundo o IBGE.

Nos últimos dez anos, o Brasil observou um aumento significativo na proporção de trabalhadores com ensino superior, atingindo 23,4% em 2024. Essa mudança, que representa um crescimento considerável em relação a 2015, quando os graduados representavam apenas 16,6% da força de trabalho, aponta para uma valorização da educação no mercado de trabalho brasileiro.

Crescimento da educação no mercado de trabalho

Os dados que evidenciam esse aumento foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2024. A pesquisa mostra ainda que, contrariamente ao crescimento do número de graduados, a parcela de trabalhadores sem instrução ou com ensino fundamental incompleto apresentou uma significativa queda, de 29,1% para 19,6% entre 2015 e 2024.

Esses números refletem não apenas a melhoria na educação, mas também um sinal de que o mercado laboral está cada vez mais exigente em relação às qualificações dos trabalhadores. A maior parte dos ocupados atualmente possui o ensino médio completo e superior incompleto, que representa 43,4% da força de trabalho, um aumento em comparação aos 37,4% registrados em 2015.

visualização do gráfico

Declínio da escolaridade básica

A pesquisa ainda revela que, por outro lado, a menor parcela de trabalhadores empregados no Brasil é a que possui o ensino fundamental completo e o ensino médio incompleto. Esse segmento da força de trabalho apresenta um declínio expressivo, passando de 17% do total em 2015 para apenas 13,6% em 2024, o que indica uma mudança na composição educacional dos trabalhadores brasileiros.

A importância da sindicalização

Além dos dados sobre escolaridade, o IBGE também trouxe à tona informações sobre a sindicalização no Brasil. Em 2024, dos 101,3 milhões de brasileiros ocupados, 8,9% (ou 9,1 milhões) estavam associados a sindicatos. Essa taxa representa um aumento em relação aos anos anteriores, interrompendo uma tendência de queda que se iniciou em 2014.

Para se ter uma ideia da recuperação no interesse pela sindicalização, a proporção de trabalhadores associados a sindicatos subiu 9,8% em comparação ao ano anterior, com um acréscimo de 812 mil sindicalizados. Em 2023, apenas 8,3 milhões de pessoas estavam sindicalizadas, representando 8,4% do total de ocupados e a menor taxa registrada até agora.

A ascensão do número de trabalhadores sindicalizados pode ser um indicativo de que, à medida que a educação e a qualificação da força de trabalho aumentam, também cresce a conscientização sobre a importância da representação nas negociações trabalhistas. A sindicalização pode proporcionar aos trabalhadores mais voz e condições para lutar por melhores salários e direitos.

O cenário futuro para o mercado de trabalho brasileiro

Com as mudanças nas proporções de escolaridade e sindicalização, o mercado de trabalho brasileiro está passando por transformações significativas. As empresas estão cada vez mais buscando profissionais qualificados, e os trabalhadores, por sua vez, reconhecem a importância da educação e da sindicalização para assegurar seus direitos e melhorar suas condições de trabalho.

Os dados mais recentes também podem servir como um aviso para que políticas públicas futuras sejam implementadas com foco na educação e na valorização do trabalhador. Investir em formação e qualificação é essencial para que o Brasil continue avançando de maneira sustentável e justa.

A situação do mercado de trabalho demanda atenção e ações que não apenas promovam o aumento da escolaridade, mas também incentivem a inclusão social e a representatividade no ambiente laboral. Assim, ao entrosarmos educação e sindicalização, o Brasil pode traçar um caminho promissor para o futuro.

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