Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Fair play financeiro da CBF: Botafogo e Vasco são beneficiados

No novo modelo de fair play financeiro da CBF, Botafogo e Vasco recebem incentivos e sugestões para investidores.

No cenário atual do futebol brasileiro, a implementação do modelo de Fair Play Financeiro proposto pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem suscitado debates relevantes entre os clubes. Dentre os que participaram das discussões, Vasco e Botafogo se destacaram, apresentando sugestões que poderão beneficiá-los na adoção das novas regras que entrarão em vigor em 2026.

Apoio à gestão e fomento a investidores

O Botafogo, por exemplo, apresenta um contexto particular que preocupa a CBF e envolve a necessidade de facilitar a inserção de investidores. O americano John Textor, proprietário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, havia manifestado preocupações sobre como o Fair Play Financeiro poderia limitar os aportes necessários para garantir a saúde financeira da equipe.

Diferente do modelo europeu, que apresenta restrições mais severas, o novo regulamento brasileiro permitirá que empresários como Textor façam aportes financeiros para equilibrar as contas do Botafogo. Essa medida é vista como uma forma de ajudar o clube a se adequar às diretrizes relacionadas a dívidas antigas, bem como aos gastos operacionais associados ao futebol.

Críticas ao Fair Play Financeiro

Textor, reconhecido por criticar abertamente o Fair Play Financeiro, argumenta que o conceito é enganoso, uma vez que não garante uma competição justa entre clubes. Segundo o empresário, as regras tendem a favorecer os clubes tradicionais, permitindo que estes mantenham folhas salariais desproporcionalmente altas em comparação com equipes menores. Isso, para Textor, torna a competição desigual e dificulta o crescimento de clubes menos favorecidos, mesmo quando estes têm uma gestão adequada e realizam investimentos.

O receio de uma estrutura semelhante à da Premier League, onde poucos times competem efetivamente pelos títulos, é uma preocupação que o dirigente levantou durante os debates na CBF. A adoção de um modelo rígido de Fair Play poderia impedir que clubes como Botafogo e outros se desenvolvessem e competissem em igualdade de condições.

O papel do Vasco na transição financeira

Por sua vez, o Vasco também se posicionou ativamente nas discussões, demonstrando preocupação com a aplicação das novas regras, sobretudo para clubes que se encontram em recuperação judicial. No entanto, a equipe carioca acabou se tornando um modelo a ser seguido no que diz respeito ao Fair Play Financeiro e poderá ser beneficiada por isso.

Com o aumento da folha salarial antes da implementação das novas normas, o Vasco deverá ser cauteloso para não elevar excessivamente suas despesas. Contudo, isso não terá impacto negativo em seu acordo de recuperação judicial, desde que mantenha um saldo líquido positivo entre contratações e vendas e cumpra seus compromissos financeiros a partir do próximo ano. De acordo com a legislação, o Vasco não será afetado pelas medidas de controle do Fair Play Financeiro, visto que formalizou seu acordo judicial antes do prazo de corte estabelecido para 2026.

Perspectivas e considerações finais

A CBF expressou a expectativa de que todos os clubes atinjam acordos semelhantes ao do Vasco, permitindo-lhes operar com maior liberdade antes da entrada em vigor das novas regras. Essa abordagem visa fomentar um ambiente mais sustentado e equilibrado no futebol brasileiro, evitando a monopolização do cenário esportivo por poucos clubes tradicionais.

Enquanto o debate sobre o Fair Play Financeiro continua em andamento, a sensação entre os representantes do Botafogo quanto à sua implementação foi de otimismo. Sem grandes protestos registrados, a expectativa é que as novas regras tragam benefícios aos clubes que buscam uma gestão financeira eficiente e responsável, ao mesmo tempo em que representam um passo importante na transformação do futebol nacional.

À medida que avançamos em direção à data de implementação, será interessante observar como cada clube se adaptará a essas novas diretrizes e quais estratégias serão utilizadas para garantir a competitividade e a saúde financeira no futebol brasileiro.

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