Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Projeto de lei antifacção enfraquece combate ao crime, diz Lula

Presidente critica alterações na lei e pede melhorias no Senado para o enfrentamento de facções criminosas no Brasil.

Na última quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou suas redes sociais para expressar sua insatisfação com o projeto de lei Antifacção, que foi aprovado na Câmara dos Deputados. Segundo Lula, as alterações feitas no texto enfraquecem o combate ao crime organizado no Brasil, comprometendo a segurança jurídica e as ações efetivas de entes governamentais destinados a enfrentar as facções criminosas.

A posição do presidente sobre o projeto aprovado

Lula destacou que “precisamos de leis firmes e seguras para combater o crime organizado”. Ele criticou as modificações realizadas na proposta inicial do governo, afirmando que as alterações feitas pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP) alteraram pontos centrais que são essenciais para fortalecer a lei. “Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica”, ressaltou.

O presidente ainda fez um apelo ao Senado para que seja promovido um diálogo responsável e construtivo durante a análise do projeto. “É importante que prevaleça, no Senado, o diálogo e a responsabilidade na análise do projeto para que o Brasil tenha de fato instrumentos eficazes no enfrentamento às facções criminosas”, afirmou Lula.

Fortalecimento das forças de segurança

Além das críticas ao projeto de lei, o presidente Lula também defendeu um aumento no apoio e no fortalecimento das forças de segurança, especialmente da Polícia Federal. Em suas palavras, existe um compromisso do governo em promover uma agenda legislativa que não apenas fortaleça as ações da Polícia Federal, mas também garanta maior integração entre as diferentes forças de segurança do país.

“Precisamos ampliar o trabalho de inteligência para enfrentar as facções nos territórios onde elas tentam se impor, especialmente para atingir as estruturas de comando que sustentam e financiam seus crimes. Estamos do lado do povo brasileiro e não abriremos mão de combater de verdade toda a cadeia do crime organizado”, enfatizou Lula.

Detalhes do projeto de lei antifacção

Aprovido na Câmara dos Deputados por uma votação de 370 a 110, o PL Antifacção agora seguirá para o Senado. O projeto, que visa criar um marco legal específico para enfrentamento de facções, milícias e grupos paramilitares, trouxe várias propostas que, segundo o governo, são fundamentais para combater de maneira mais eficiente o crime organizado em território nacional.

  • Cria um marco legal específico para facções, milícias e grupos paramilitares;
  • Estabelece penas de 20 a 40 anos, com possibilidade de alcance de até 66 anos;
  • Torna todas as condutas definidas no projeto em crimes hediondos;
  • Amplia o confisco de bens, incluindo medidas antecedentes;
  • Cria um banco nacional para registro de criminosos;
  • Restringe a progressão de regime;
  • Estabelece regras mais severas para a comunicação de presos.

Com o aumento da violência e a crescente atuação de facções criminosas em várias regiões do Brasil, o governo espera que o novo projeto de lei possa servir como uma ferramenta importante no combate a esses grupos e na proteção da população.

Expectativas para o Senado

As expectativas agora se voltam ao Senado, onde o projeto será discutido em detalhes. As mudanças promovidas na Câmara levantaram preocupações entre especialistas e autoridades de segurança pública, sendo crucial que os senadores analisem criticamente cada aspecto do PL. O foco é garantir que as ações propostas realmente fortaleçam as instituições de segurança e garantam um combate eficaz ao crime organizado.

O debate em torno do projeto de lei Antifacção reflete a urgência de uma ação mais efetiva contra as facções criminosas no Brasil, e as palavras de Lula ressaltam a necessidade de um compromisso conjunto entre os legisladores e o Executivo para enfrentar esses desafios. Será fundamental acompanhar as discussões no Senado e a busca por um consenso que traga segurança e estabilidade ao país.

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