Brasil, 14 de novembro de 2025
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Ex-presidente do INSS preso por corrupção e propinas milionárias

Alessandro Stefanutto recebeu R$ 4 milhões da Conafer para atuar em esquema criminoso, revela a nova fase da Operação Sem Desconto.

A Polícia Federal (PF) deu continuidade à Operação Sem Desconto na última quinta-feira (13), resultando na prisão de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Stefanutto foi acusado de receber, durante seu mandato, pelo menos R$ 4 milhões em propinas de uma organização criminosa, a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).

O envolvimento do ex-presidente do INSS no esquema

De acordo com as investigações, Stefanutto teria recebido repasses mensais de R$ 250 mil da Conafer enquanto chefiava o INSS. Os investigadores afirmam que o dinheiro era lavado por meio de empresas de fachada ligadas ao grupo criminoso e um escritório de advocacia associado à operação. Essa prática ilícita começou um mês antes de sua nomeação, em junho de 2023, e se prolongou até setembro de 2024.

O inquérito revela que, além dos pagamentos mensais, houve um depósito isolado de R$ 250 mil em 2022, quando Stefanutto era procurador-geral federal na Advocacia-Geral da União (AGU). No total, considerando os meses em que houve os repasses, a quantia chega a impressionantes R$ 4 milhões.

As implicações da operação para o governo

A nova fase da operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que não elucidou por que os pagamentos cessaram antes de abril de 2025, mesmo após a revelação da fraude envolvendo aposentadorias. Lupi, então ministro à época, se recusou a exonerar Stefanutto, o que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a demiti-lo.

Como funcionava o esquema de propinas

Fontes próximas à investigação informaram que, antes de ser presidente do INSS, Stefanutto já recebia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por mês. Contudo, assim que assumiu a presidência, esse montante foi elevado significativamente. A Polícia Federal destaca que o valor mensal de sua propina aumentou para R$ 250 mil, proveniente do escoamento da fraude da Conafer.

A PF descreve Stefanutto como um facilitador dentro do INSS, atuando para garantir o funcionamento do esquema fraudulento e manter a impunidade. Ele teria contribuído, administrativamente e juridicamente, para a continuidade de um convênio irregular entre o INSS e a Conafer.

Reações à prisão e defesa do ex-presidente

A defesa de Stefanutto, em nota à imprensa, declarou que ele irá “comprovar a inocência” e classificou sua prisão como “completamente ilegal”. Eles afirmam que seu cliente não obstruiu a investigação, colaborando desde o início com as autoridades.

A situação gera uma série de questionamentos sobre a corrupção dentro das instituições públicas e a integridade dos líderes que ocupam funções críticas no governo. As investigações em curso prometem trazer à luz mais detalhes sobre esse esquema e suas ramificações no setor público.

Diante da gravidade das acusações e da quantia envolvida, a população brasileira se mostra atenta aos desdobramentos desta operação e à possível reestruturação do INSS em resposta a essa crise de corrupção.

Com esta nova fase da Operação Sem Desconto, a Polícia Federal reafirma seu compromisso em combater a corrupção e as fraudes que afetam a confiança pública nas instituições governamentais. O caso Stefanutto pode ser um marco importante para a transparência e a ética na administração pública.

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