Diante de um cenário político turbulento, a deputada Carol de Toni (PL-SC) surge como a favorita entre os eleitores catarinenses em uma pesquisa recente. Realizada pelo Instituto Neokemp, a sondagem mostra a deputada liderando com 25,4% das intenções de voto, à frente do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que aparece em segundo lugar com 21,6%. A disputa acontece em meio a um impasse no Partido Liberal (PL) sobre as duas vagas disponíveis para o Senado na chapa que irá apoiar a reeleição do governador Jorginho Mello nas eleições de 2026.
A disputa acirrada pelo Senado
A pré-candidatura de Carlos Bolsonaro foi anunciada na quarta-feira (12/11) durante a entrega da Medalha Pedro Ernesto, uma homenagem da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O apoio de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, reforça sua posição como um concorrente forte. No entanto, a deputada Carol de Toni já havia se declarado pré-candidata, colocando-se como uma das principais representantes do PL em Santa Catarina.
Outro nome que tem sido cogitado é o do atual senador Esperidião Amin (PP-SC). A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) defendeu que Carol deveria ser a indicada do partido, enquanto Amin poderia contar com o apoio da coligação. Essa divisão dentro do PL tem gerado tensões, com aliados de Bolsonaro como o governador Jorginho Mello em defesa de Carol de Toni, mas sem deixar claro seu posicionamento em relação à candidatura de Carlos.
Divisões internas no PL
O cenário é complicado, com figuras influentes do estado como a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) e o senador Jorge Seiff (PL-SC) manifestando apoio a Carlos. A disputa em torno de quem deve representar o partido para as vagas no Senado traz à tona a necessidade de alinhamento, que ainda não foi alcançado.
Silêncio de Carol de Toni
Embora esteja no centro da controvérsia, Carol de Toni ainda não se pronunciou oficialmente sobre a divisão interna e a disputa pela indicação do PL. Fontes próximas a ela, no entanto, sugerem que a deputada pode estar considerando deixar o PL para se filiar ao partido Novo. Recentemente, ela se licenciou da Câmara dos Deputados para dar à luz.
A pesquisa revela um panorama
Os últimos dados da pesquisa em Santa Catarina mostram que Carol de Toni se destaca, mas a margem entre ela e Carlos Bolsonaro é apertada. Com Décio Lima (PT) e Esperidião Amin em terceiro e quarto lugares, respectivamente, a dinâmica da eleição até 2026 parece promissora para ambos os candidatos do PL. Confira os dados da pesquisa:
- Caroline de Toni (PL) – 25,4%
- Carlos Bolsonaro (PL) – 21,6%
- Décio Lima (PT) – 17,8%
- Esperidião Amin (PP) – 14,1%
- Não sabe – 14,0%
- Branco ou nulo – 7,1%
Carlos Bolsonaro comentou sobre os resultados, parabenizando Carol de Toni e afirmando que isso reforça a ideia da chapa pura que busca fortalecer a representação conservadora no Senado: “Isso só comprova o que viemos dizendo desde o início: chapa pura e vitoriosa — Carol e Carlos. Seguimos unidos pelo objetivo maior: pré-candidaturas para um Senado forte e um Brasil à direita”, declarou.
O eleitorado de Santa Catarina
A importância do estado para o cenário político nacional não pode ser subestimada. Santa Catarina tem um eleitorado majoritariamente conservador, que tem demonstrado apoio significativo a candidatos alinhados com Jair Bolsonaro. Nas eleições de 2018 e 2022, o ex-presidente obteve margens amplas de vitória no estado, e Carlos, como seu filho, se beneficiaria dessa força. Além disso, diversas figuras políticas do estado têm se posicionado publicamente em apoio a Carol, evidenciando uma divisão clara entre apoiadores de ambos os candidatos.
O atual panorama aponta para uma disputa acirrada e polarizada, refletindo as tensões internas do PL e a força residual da figura de Jair Bolsonaro em Santa Catarina. Como essa corrida eleitoral se desenrolará nos próximos meses, com as pré-candidaturas se confirmando e novos desdobramentos surgindo, será essencial acompanhar a movimentação política no estado.

