A projeção de crescimento da economia brasileira para 2025 foi revista de 2,3% para 2,2%, de acordo com o Boletim Macrofiscal de Novembro divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. A redução reflete o resultado abaixo do esperado na atividade do terceiro trimestre, influenciado por canais de transmissão da política monetária ao crédito e à atividade econômica em geral.
Impactos do terceiro trimestre e perspectivas para 2026
Segundo o relatório, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre apresentou crescimento de 0,4% em relação ao trimestre anterior, com expectativa inicial de 0,4% e crescimento de 2,0% na comparação anual, que foi revisada para baixo. Indicadores coincidentes indicando desempenho abaixo do esperado em setores da indústria e de serviços motivaram a revisão da projeção.
Para 2026, a previsão de crescimento foi mantida em 2,4%, apesar de desaceleração na atividade agropecuária. A expectativa é de maior expansão na indústria e nos serviços em comparação a 2025, refletindo um cenário de desaceleração econômica. A alta do PIB para 2026 deve ocorrer junto a uma inflação esperada de 3,5% pelo IPCA, enquanto a previsão para 2025 é de 4,6% de inflação acumulada.
Fatores que influenciaram a revisão das projeções
O ministério justificou que, apesar do pagamento de precatórios desde julho e do aumento no ritmo de concessões de crédito consignado ao trabalhador privado nos últimos meses, houve uma retração real do crédito bancário e uma redução gradual no mercado de trabalho. Esses fatores contribuíram para a revisão do crescimento no curto prazo.
Outro elemento mencionado foi o efeito do cenário externo. Desde agosto de 2025, tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros impactaram negativamente as exportações, que caíram em torno de US$ 2,5 bilhões, ou 24,9%, de agosto a outubro em relação ao ano anterior. Ainda assim, o relatório ressalta que políticas de diversificação de mercados e ações de apoio governamental vêm tentando mitigar esses efeitos.
Cenário externo e ações do governo
O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump deve favorecer um diálogo mais aprofundado com os EUA para reduzir tarifas sobre produtos brasileiros, contribuindo para a retomada das exportações e o fortalecimento da economia.
Projeções para 2025 e 2026
Para o próximo ano, a previsão oficial indica crescimento de 2,2% no PIB real, com inflação projetada de 4,6% pelo IPCA e 4,5% pelo INPC. Já para 2026, o crescimento esperado é de 2,4%, com inflação estimada de 3,5%.
As expectativas para o cenário econômico ainda indicam uma recuperação moderada, com o Banco Central prevendo crescimento de 2% para este ano e o mercado financeiro estimando avanço de 2,16% em 2025.
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